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Mário Frias e André Porciuncula, os reis da mamata

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União decidiu instaurar inquérito para apurar os exorbitantes gastos da Secretaria de Cultura com viagens

Frias e Porciuncula: turismo também é cultura - Imagem: Redes sociais
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Após a revelação de que gastou 78 mil reais em uma viagem a Nova York para encontrar o lutador de jiu-jítsu Renzo ­Gracie, o secretário especial de Cultura, Mário Frias, foi excluído da comitiva presidencial que viajou recentemente para a Rússia e a Hungria. Na tentativa de remendar a lambança, ele tentou solicitar o reembolso de 33 mil reais às companhias aéreas Gol e ­American Airlines por atrasos nos voos, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu a ação. Agora, outro escândalo bate à porta de seu gabinete. Seu braço direito no governo, o subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, também foi pego esbanjando dinheiro público em uma ­viagem oficial, desta vez a Los Angeles.

Em cinco dias, o auxiliar torrou 22 mil ­reais, revelou a Folha de S.Paulo, que teve acesso aos valores via Lei de Acesso à Informação. As despesas com hospedagem pesaram na conta. Porciuncula, que se vangloria de ter acabado com as “mamatas” dos artistas beneficiados pela Lei Rouanet, ficou em um hotel que cobra 460 dólares por diária, o equivalente a 2,3 mil reais. Os dados, vale ressaltar, referem-se apenas às despesas do subsecretário. Na “missão” destinada a conhecer o funcionamento da indústria do audiovisual nos EUA, também viajaram com recursos públicos o coordenador-geral de relações multilaterais do Ministério do Turismo, Gustavo Souza Torres, e o secretário do Audiovisual, Felipe Pedri.

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