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Fechamento: morte de Adriano é ou não um caso de queima de arquivo?

Antigo defensor do miliciano, o clã Bolsonaro praticamente não se manifestou a respeito da perda de um velho conhecido

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Na edição 1093 de CartaCapital, nas bancas a partir desta sexta-feira 14, o repórter André Barrocal reconstrói a trajetória e as relações do ex-tenente e miliciano Adriano da Nóbrega, morto de forma estranha em um suposto confronto com policiais da Bahia e do Rio de Janeiro. Em posse do ex-PM, acusado de liderar uma facção das milícias cariocas e que estava foragido desde janeiro do ano passado, foram encontrados 13 telefones celulares. O Ministério Público fluminense espera que as mensagens e ligações registradas nos aparelhos esclareçam pontos das investigações a respeito das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do estado, cujos protagonistas são o hoje senador Flávio Bolsonaro e o sempre sumido Fabrício Queiróz. Barrocal acentua: antigo defensor do miliciano, o clã Bolsonaro praticamente não se manifestou a respeito da perda de um velho conhecido. Trata-se ou não de queima de arquivo?

Na seção Seu País, a repórter Thaís Reis Oliveira analisa o novo marco legal do saneamento proposto pelo governo. Problema histórico do País, vergonha nacional, a universalização dos serviços, avaliam os especialistas ouvidos na reportagem, dificilmente será atingida pelo modelo em discussão no Congresso, que repassa de forma excessiva as atribuições ao setor privado. Embora imprescindível para que o Brasil supere essa deficiência “medieval”, o capital privado por si só não dará conta de suprir as necessidades de investimentos. Em outro texto, o editor Rodrigo Martins enumera os cortes no orçamento de programas direcionados aos mais pobres e vulneráveis, entre eles o Bolsa-Família, o Minha Casa, Minha Vida e o combate ao HIV. Definitivamente, demonstra a reportagem, os brasileiros necessitados não cabem na equação econômica do ministro Paulo Guedes, aquele que chama funcionários públicos de parasita e diz que a “farra” das empregadas domésticas na Disneylândia acabou.

Confira ainda uma entrevista exclusiva de Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, que desconfia da lisura das novas eleições presidenciais marcadas para maio em seu país, e o ensaio de autogolpe do presidente de El Salvador, outro outsider que alcançou o poder na América Latina.

Em Plural, entenda os motivos de a indicação ao Oscar do documentário Democracia em Vertigem, de Petra Costa, ter provocado mais uma discussão futebolística no Brasil, à margem da realidade do mundo. Por que o filme causou tantas reações de bolsonaristas, tucanos e até do apresentador global Pedro Bial? Brazil-zil-zil-zil…

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