A edição 1088 de CartaCapital, nas bancas a partir desta sexta-feira 10, dedica 20 páginas às consequências do perigoso e crescente conflito entre os Estados Unidos e o Irã. Acossado por um processo de impeachment e em campanha pela reeleição, Donald Trump cruzou uma linha nunca antes desrespeitada por seus antecessores. O assassinato do general Qassem Suleimani, militar violento e atrabiliário, mas autoridade legítima de uma nação soberana fere todas as convenções e resoluções internacionais, explica o colunista Pedro Serrano, professor de Direito da PUC de São Paulo, em seu artigo à página 28.
José Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal, lembra que a Guerra ao Terror completou 18 anos sem alcançar os resultados pretendidos. Ao contrário. Apesar de ter consumido 6 trilhões de dólares, a política dos EUA tornou o mundo mais inseguro e mais vigiado. O ex-chanceler Celso Amorim, experiente negociador de conflitos no Oriente Médio, expressa seu temor em relação à precipitada adesão do governo Bolsonaro às teses de Trump e classifica de lastimável a nota do Ministério das Relações Exteriores. “O Itamaraty levianamente expõe o País a sérios prejuízos econômicos e põe em risco a segurança de cidadãos brasileiros”, avalia.
Uma reportagem de André Barrocal vasculha os “negócios ocultos” do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de seus apadrinhados no governo, alvo de investigações oficiais e de questionamentos de parlamentares. Thaís Oliveira relata os efeitos deletérios da nova política de livros didáticos, entre eles a autocensura das editoras, enquanto Rodrigo Martins analisa o verdadeiro potencial de uma chapa formada por Guilherme Boulos e Luiza Erundina para a prefeitura de São Paulo, sonho do PSOL.
Na economia, o editor Carlos Drummond explica a compra da Avon pela Natura, feito de grande envergadura para a multinacional brasileira. Por fim, confira a entrevista de Sandra Benites, primeira indígena a ser curadora do Masp, maior museu da América Latina.
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