CartaCapital
Em evento, Lula volta a criticar ‘neocolonialismo’ e ‘protecionismo verde’
Presidente destacou a participação jovem como peça-chave na discussão pela sustentabilidade e combate às mudanças climáticas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o “neocolonialismo” e os “protecionismos verdes” durante a visa a São Tomé e Príncipe neste domingo 27. A declaração foi dada em discurso na Conferência de Chefe de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
“Temos de evitar o neocolonialismo que leva a um novo ciclo de exploração predatória de minerais críticos e outros recursos naturais. A transição ecológica tampouco deve servir de pretexto para novos protecionismos verdes”, destacou o presidente durante discurso.
O presidente também pontuou que o enfrentamento à mudança climática é um dos eixos centrais da política externa no novo governo, mas que a sustentabilidade precisa ser promovida em três dimensões para obter o sucesso: a social, a econômica e a ambiental.
Lula destacou a participação da juventude nas discussões sobre o meio ambiente e a mudança climática como um fator chave para alcançar os objetivos na pauta. “Com sua energia e criatividade, os jovens são a força motriz na busca por soluções inovadoras para desafios do desenvolvimento sustentável”, acrescentou.
A CPLP é o último compromisso de Lula na agenda internacional no continente africano, o presidente já passou pela África do Sul, onde atendeu à 15ª Cúpula do Brics, e pela Angola, momento em que firmou novos acordos internacionais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
