O atual governo brasileiro já não era muito bem-vindo às discussões ambientais, mesmo quando gozava de plenos poderes. Agora que foi derrotado nas urnas vai ter ainda menos espaço. É um ex-governo em atividade e todo mundo vai querer saber mesmo é o que Lula vai fazer, embora ele não represente oficialmente o País.” As palavras de Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, revelam a expectativa que tomou conta dos participantes da próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas desde a confirmação da vitória do líder petista.
Aliviados com a ausência do agora recluso Jair Bolsonaro, os organizadores da COP-27, que acontecerá de 6 a 18 de novembro na cidade egípcia de Sharm-el-Sheikh, formalizaram o convite ao presidente eleito. Segundo pessoas próximas, Lula ainda não bateu o martelo, mas sua ida ao Egito, se confirmada, inaugurará em grande estilo a reconciliação do Brasil com o mundo, justamente em uma seara onde Bolsonaro tirou o País do jogo global e o relegou à condição de pária e alvo do escárnio internacional.
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