O Primeiro Comando da Capital, facção criminosa nascida nos presídios paulistas e hoje presente na maioria dos estados brasileiros, já atua como uma organização mafiosa, capaz de constituir grandes empresas para vencer licitações públicas e usar o dinheiro para financiar suas atividades. A conclusão é dos investigadores da Operação Fim de Linha, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo em parceria com a Polícia Militar, a Receita Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.
Na terça-feira 9, foram presos os dirigentes de duas empresas de ônibus suspeitas de lavar dinheiro para o PCC: a Transwolff e a Upbus, que transportam 700 mil passageiros por dia na capital paulista e receberam 800 milhões de reais da Prefeitura de São Paulo em 2023. Elas fariam parte de um cartel que se apossou do Grupo Local de Distribuição do sistema municipal de transportes, responsável pela circulação local, entre os bairros.
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