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Caso Marielle: bombeiro acusado de ocultar armas é preso
São cumpridos um mandado de prisão e dez de busca e apreensão na ação batizada de Operação Submersus II


Na manhã desta quarta-feira 10, a Divisão de Homicídios e o Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam um bombeiro acusado de envolvimento nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. Maxwell Simones Correia é amigo do policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora e o motorista, em março de 2018.
De acordo com os investigadores, o bombeiro cedeu um carro para a quadrilha de Lessa esconder as armas por uma noite, logo após a prisão do sargento.
São cumpridos um mandado de prisão e dez de busca e apreensão na ação batizada de Operação Submersus II.
A primeira fase da operação prendeu, em outubro do ano passado, Elaine Figueiredo Lessa e Bruno Figueiredo, esposa e cunhado de Ronnie Lessa, além de José Marcio Montavano, conhecido como Márcio Gordo, e Josinaldo Lucas Freitas, também chamado de Djaca. Eles foram acusados de atrapalhar as investigações.
Além de Lessa, o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz também está preso. As investigações mostraram até aqui que Ronnie atirou contra a vereadora e o motorista enquanto Élcio dirigia o veículo utilizado na ação.
Para os investigadores, o crime pode ter motivação política pela atuação de Marielle na Câmara Municipal do Rio de Janeiro ou por vingança contra Marcelo Freixo, padrinho político de Marielle.
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