Cartas Capitais

A República contra-ataca
A ciência preconiza que o arcabouço jurídico consagra a ordem material dominante. O cinismo, nas sociedades capitalistas, ulula ostensivo, fincado adrede nas suas coisas e nas suas podres relações… O radicalismo de direita arrota tal podridão, ostentando e elevando ao seu extremo potencial todo o cinismo já arraigado no fundamento do sistema.
Eleonilson R. dos Santos

Com essa jogada, dá para perceber que a Lava Jato é somente a ponta do iceberg dessa máfia. Quando chega perto dos “padrinhos” da Justiça paranaense, o TRF-4 dá um jeito. O que o STF acha de tudo isso?
José Marcos Guimarães

A furada do Amapá
O Brasil quer avançar, mas caminha na contramão. Os gestores da Petrobras deveriam entender que a empresa precisa investir prioritariamente na transição energética, e não mais nos combustíveis fósseis. Lula se elegeu, inclusive, com o compromisso de proteção da Amazônia. Parecem relutar em colocar a Petrobras no século XXI. Este é o dilema do Brasil: os que querem assentar o País no século XXI e os que insistem em permanecer no atraso.
Rosa Carmina

Não era só por 20 centavos?
Lógico que não era só por 20 centavos, foi do mesmo jeito em 20 países. Começou na África Mediterrânea, foi para o Oriente Médio, passou pelo Brasil e chegou à Ucrânia. Tudo devidamente patrocinado e as vezes até promovido pelas instituições golpistas do Império do Mal (EUA).
Clovis Deitos

Genocídio legislado
Nossa Constituição é clara quanto ao direito às terras dos indígenas, e não está restrita a um marco temporal qualquer, determinado por alguém com interesses avessos aos direitos originários. Basta conferir o artigo 231, o qual não estabelece data alguma. Se Lula não respeitar esse dispositivo, estará rasgando o texto da Constituição e se associando a grupos de interesses espúrios e injustificáveis. Será um enorme prejuízo ao País.
Sérgio Junqueira

A história dos vencidos
Li indignado, mas não menos comovido, a crônica. Eu entendo que um país que permite e convive com um único de seus filhos morando nas ruas, sob as piores condições possíveis, não pode nem deve ser considerado uma nação, uma pátria, e sim um mero ajuntamento de pessoas. É o caso do nosso Brasil. E o pior é que a nossa soi disant elite não dá a mínima para essa vergonha. Ao contrário, acha isso rigorosamente natural e pouco ou nada faz para minimizar esse estado de coisas. Os ricos e poderosos são iguais em qualquer parte do mundo: insensíveis, ambiciosos, gananciosos e arrogantes. Mas a elite brasileira consegue exceder, de longe, suas companheiras planetárias.
Elisabeto Ribeiro