CartaCapital
Cartas Capitais
Leitores de CartaCapital comentam os principais assuntos da edição anterior
UTIN CONTRA O MUNDO
A distância entre Kiev e Moscou em linha reta é de, aproximadamente, 760 quilômetros. Um míssil da Otan disparado de Kiev levaria cerca de 2 minutos para atingir Moscou. Esse tempo seria insuficiente para a Rússia acionar seu sistema de defesa e para os 12 milhões de moscovitas correrem para os abrigos antiaéreos. Definitivamente, nenhum presidente russo vai permitir a instalação de mísseis na Ucrânia. Assim como nenhum presidente dos EUA permitiria mísseis russos a uma distância tão curta de Washington.
Prof. Dr. Annibal Affonso Neto
(Enviado via carta)
LOBO À ESPREITA
Lula foi um pouco infeliz na defesa da paz entre Ucrânia e Rússia. Quem provocou a guerra foram os EUA e a Otan. O Tio Sam gostaria que o Canadá e o México se aliassem a Moscou com arsenais bélicos atômicos? Putin pode ter calculado mal, mas não teve saída, ou invadia a Ucrânia ou aceitaria passivamente o inimigo crescer às suas barbas.
Paulo Sérgio Cordeiro Santos
(Enviado via carta)
PARA INGLÊS VER
O colonialismo nunca deixou de existir. Pior que, com a liberação (do garimpo em terras indígenas), a quase totalidade do povo brasileiro em nada será beneficiada. A profunda desigualdade, trágica para a classe popular, vai continuar.
Ranz Dom
(Enviado via Facebook)
MEMÓRIA APAGADA
O Arquivo Nacional refuta veementemente que tenha ocorrido “eliminação de provas documentais de crimes cometidos pela ditadura” sob sua guarda. Ao realizar o contato prévio com a instituição, CartaCapital não mencionou a denúncia, supostamente realizada por servidores do AN. Com isso, a falta de conteúdo probatório e do devido contraditório sobre o que foi alegado levou à veiculação de informações que não condizem com a realidade. A destruição arbitrária de documentos públicos é crime, e cabe ao servidor ciente desse fato formalizar denúncia às instâncias competentes. Até o presente momento, nenhuma denúncia desse tipo foi registrada por nossos servidores.
José Márcio B. Rangel, assessor de Comunicação Social do Arquivo Nacional
(Enviado via carta)
RESPOSTA DE MAURÍCIO THUSWHOL:
O repórter reafirma o conteúdo da matéria e ressalta que ouviu diversos servidores e ex-servidores do Arquivo Nacional. Estes denunciaram o esvaziamento das funções do corpo técnico da instituição e a falta do correto encaminhamento de uma gama de documentos que deixaram de ser analisados de forma adequada. Essa realidade, segundo as fontes, se instalou desde a publicação do Decreto 10.148, que retirou do Arquivo Nacional a prerrogativa de decidir sobre a eliminação ou não de documentos, e teria se agravado com a nomeação do atual diretor, Ricardo Borda D’Água. A reportagem recorreu ao recurso do off porque, em sua totalidade, os servidores contatados para a matéria manifestaram medo quanto à possibilidade de perseguição interna, marca registrada do atual governo. E lembra o secular direito ao sigilo de fonte.
PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1199 DE CARTACAPITAL, EM 16 DE MARÇO DE 2022.
Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Cartas Capitais”
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