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BANDO DE CORJA

A criminalização do negro sempre existiu, mas piorou neste governo, pois o capitão inflama seus sequazes para referendar o racismo estrutural. Em 5 de agosto, vimos a condenação do vereador negro Renato Freitas, pelo fato de ter interrompido uma missa para protestar pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio de Janeiro. “Vidas negras importam”, alguém disse na ocasião. A Câmara Municipal de Curitiba viu, no ato, uma quebra do decoro parlamentar. Ora, e aqueles que cometeram crimes como peculato, “rachadinha” e nepotismo e foram perdoados? Somente Renato, negro, foi punido com a pena máxima.
Paulo Sérgio Cordeiro
(Enviado via carta)

O JUDICIÁRIO É CÚMPLICE

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 18 de agosto de 2022 16h55
Prezados, tendo em vista mensagem publicada, houve na edição um erro em que foi exposto indevidamente ...pelo fato de ter interrompido uma missa.. Na verdade NÃO houve interrupção da missa e sim a entrada do vereador Renato, pacificamente, após a missa, bem claro no texto da mensagem enviada conforme abaixo, fato que causou protesto do padre da igreja e do bispo da cidade na própria sessão da Câmara dos Vereadores de Curitiba pela não cassação de Renato. Que deve ser devidamente retificado por esta revista. Assim, copiamos ipsis litteris a mensagem: Criminalizar o negro, parece que sempre foi assim, mas a coisa piorou neste governo, visto que o capitão inflama seus sequazes para referendar o racismo estrutural. Os bandidos brancos cometem os seus crimes e põem a culpa na população negra. Isso precisa acabar. No dia 05 de agosto tivemos a condenação do vereador negro em Curitiba Renato Freitas pela cassação de seu mandato, pelo fato de ter entrado numa igreja em fevereiro deste ano e fazer um ato político a protestar na Igreja Nossa Senhora do Rosário pelo assassinato do congolês Moise Kabagambe no Rio de Janeiro. Um vereador bolsonarista filmou a entrada de Renato expos na mídia com sensacionalismo e fake News, isto gerou um processo disciplinar na câmara que resultou na cassação do mandato do vereador. A sua defesa do como os advogados Kakay, Guilherme Gonçalves e Edson Vieira Abdala, recorrerão da absurda e insustentável cassação decidido pelos 23 vereadores, sendo que o procedimento está eivado e contaminado por inúmeras nulidades, tais como prazo decadencial para o ato disciplinar que deveria ser contado em dias corridos mas fora contado em dias úteis, violação do devido processo legal e ampla defesa, além de que o próprio relatório entendeu pelo afastamento da punição. No dia do fato, Renato, após o encerramento da missa só se pronunciou em defesa das vidas negras, proferindo a frase: “vidas negras importam”. Entendeu o parlamento curitibano a quebra do decoro parlamentar. Ora, outros vereadores, acusados de outros crimes tais como, peculato, rachadinha, crimes sexuais, nepotismo da mesma casa foram absolvidos, mas somente Renato foi punido com a pena máxima. Um processo eminentemente kafkiano, para não dizer claramente racista e persecutório contra Renato que é um vereador crítico da hipocrisia e covardia da câmara de vereadores de Curitiba. O Papa Francisco irá receber o vereador em setembro e terá o desprazer de conhecer o que se passa na República de Curitiba, cidade de onde surgiu um tal Sérgio Moro. A desfaçatez e o cinismo é característico de uma certa elite dessa cidade, mas a justiça há de prevalecer e o mandato de Renato será restaurado juntamente com os seus direitos políticos que serão restabelecidos. Renato Freitas, com sua inteligência e sua eloquência retórica há de alçar voos mais altos, no futuro. A exemplo de outros políticos como Lula, Nelson Mandela e Pepe Mujica que foram alvos do preconceito ideológico soma-se o jovem vereador que exsurge para a galeria dos bravos e injustiçados perseguido por ser alguém de esquerda e negro.

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