Cartas Capitais

Ricos e pobres
O governo está tentando combater a histórica e cruel desigualdade social. Já parlamentares, elites e seus porta-vozes lutam para manter – e até ampliar – seus privilégios. Aos pobres, à classe média e aos trabalhadores em geral cabe escolher o lado mais justo.
Elói Medeiros

A faca e o queijo
Em 30 anos como trabalhadora com carteira assinada, paguei muito imposto como professora. Agora, aposentada, quero isenção do Imposto de Renda – e que os ricos de verdade passem a pagar a conta.
Patrícia Garcia

Este é um momento didático para expor o que é a luta de classes e os interesses antagônicos e conflitantes em jogo. O capital não tem outra alternativa a não ser precarizar a vida para conti­nuar acumulando e maximizando o lucro.
Jefferson Silva

IOF: decisão inconstitucional
De fato, o Congresso exorbitou em suas funções ao sustar os decretos de Lula de forma flagrantemente inconstitucional. O mais grave é que os parlamentares decidiram contra os mais pobres e a favor do grande capital. E a grande mídia ainda correu em seu socorro, quando houve repercussão negativa nas redes sociais. O STF precisa agir em defesa da Constituição – e não lavar as mãos, à espera de um acordo entre as partes. Que acordo pode haver entre um poder que cumpre a lei e outro que interfere em suas atribuições? Será que o Judiciário pretende que esse imbróglio seja resolvido nas ruas ou nas urnas, nas próximas eleições?
Paulo Sérgio Cordeiro Santos

Manifestação flopada
O frio e o jogo do Flamengo supera­ram a incapacidade progressiva de Bolsonaro de continuar inflamando os corações do gado. Micheque não é boba: quer levar apenas o sobrenome – e seus votos – sem o homem. Nicolas, como tantos outros, já trata de se divorciar da imagem de Bolsonaro: escolheu estar em outro casamento. Esses são os verdadeiros culpados pelo ato esvaziado na Avenida Paulista.
Williams Costa Cantanhede

Cada um por si?
Nos anos 1990, os liberais venderam a ideia de que era hora de se livrar da CLT. Mas a realidade dos últimos dez anos mostrou o contrário: muita gente hoje sonha com estabilidade, carteira assinada e concurso público. As oscilações do mercado nas últimas três décadas têm sido brutalmente agressivas. A CLT não é perfeita, mas ainda é a nossa principal defesa contra os neoliberais escravagistas do século XXI.
André Daemon

Falta falar da burocratização dos sindicatos. Muitas diretorias não representam mais os trabalhadores, pois estão há décadas no poder, sem renovação. Tomam decisões de forma arbitrária – a recente greve dos professores do DF foi um exemplo claro disso. Sem diálogo real com a base, acabam desmobilizando os próprios trabalhadores.
Karol Matos