Cartas Capitais

A trampa de Trump
Trump e Bolsonaro só aceitam se ganharem. Caso o resultado seja desfavorável, incentivam a população para uma tentativa de golpe. Desejam ser ditadores, para destruir o Judiciário e o Congresso. Essa é a meta dos dois, destruição.
Marcos Prata

Vou achar bom se houver um ­revival da invasão do Capitólio. A culpa recairá sobre aqueles que, com o poder de punir os agressores da ­democracia, nada fizeram. Igual aqui, no Brasil, se o governo atual conceder anistia a Bolsonaro. Neste caso, eu jamais votaria em Lula novamente.
Icaro Ricardo Ferreira

Se o governo Lula não está dando conta dos extremistas no Brasil, imagina com eles fortalecidos por Trump. Será que em 2026 adiantará votar na esquerda? O que um governo faz com um Congresso de extrema-direita? Se alia? Que tristeza.
Otávia de Paula

Vale-tudo eleitoral
No caso de Ricardo Nunes, por ele próprio não haver falado nem endossado a desastrada declaração do governador paulista, e também por ter vencido o pleito com ampla margem, ainda lhe restam argumentos legais para se defender. Já Tarcísio de Freitas, em seu flagrante e desnecessário vacilo infantiloide, para não chamar de estupidez, cometeu uma grave e explícita transgressão eleitoral à vista de todo o País. Ao TSE resta o dever de aplicar as medidas previstas na legislação eleitoral contra esse tipo de conduta, inclusive para o que tribunal mantenha sua autoridade e preserve sua credibilidade diante da nação.
Santiago Artur Wessner

Só o Centrão pode festejar
A esquerda perdeu feio. E vai perder feio novamente, se ­continuar desviando o foco do emprego, da renda, da educação, da saúde, da ciência e tecnologia… Querer impor pautas identitárias é o maior erro. Estão afundando o PT.
André Duarte Bueno

Brasília em polvorosa
Não acho uma boa o governo apoiar um candidato do “Centrão”. Não nos esqueçamos quem é Arthur Lira e o que ele representa na presidência da Câmara. O projeto que subiu a rampa do Planalto há dois anos parece cada vez mais distante da classe trabalhadora. E não me venham argumentar que isso se faz necessário “em nome da governabilidade” ou pelo fato de o Congresso estar “nas mãos da direita”. Vou continuar votando na esquerda, mas essa turma se encontra, atualmente, muito mais próxima do centro do que da esquerda ­propriamente dita. Quem ainda pode falar em nome dos trabalhadores?
Jussara Pinto

Litigância abusiva
De fato, os respeitáveis ministros do CNJ se esqueceram de, ­paralelamente aos esforços para coibir os abusos da advocacia, também combater o lawfare, que tanto mal fez ao País. Refiro-me ao uso estratégico do Direito com a finalidade de deslegitimar, prejudicar e destruir um inimigo. ­Exemplo claro do que ocorreu com os presidentes Lula e Dilma Rousseff, com quem o ­senhor ministro Luís Roberto Barroso fora tão hostil em passado não tão remoto.
Paulo Sérgio Cordeiro Santos