Cartas Capitais

Efeito borboleta
Com muita tristeza e apreensão, o Brasil e o mundo assistem às enchentes e à destruição do Rio Grande do Sul. Infelizmente, muitos atuaram para flexibilizar as leis ambientais e fazer fortuna à custa da natureza. O governador Eduardo Leite, com sua postura negacionista, negligenciou todos os avisos. Agora, atordoado e com seu colete laranja, tenta jogar para seus eleitores, dizendo estar empenhado em mitigar prejuízos e salvar vidas.
Paulo Sérgio Cordeiro

O planeta pede socorro
A enchente não terminou, é um processo. Significa que não temos uma conclusão sobre o desastre ambiental no Rio Grande do Sul. O que pode acontecer e o que fazer? Uma coisa é certa: teremos muitas mortes e grandes estragos nas propriedades e na produção agrícola. Este lamentável episódio deveria servir de lição para todos nós, globalmente, e não apenas no Brasil.
Antônio Negrão de Sá

A era das catástrofes
As fake news espalhadas pela extrema-direita contra o Exército no trabalho de socorro às vítimas das enchentes não foram à toa. São uma resposta às Forças Armadas por não terem aderido ao golpe pretendido contra Lula.
Sylvio Belém

Quem dizia que desmatar e poluir não afetava o clima? Uma minoria torpe lucra com o atraso, incluindo o marginal que dizia não ser coveiro e curtia as férias cavalgando um ruidoso jet ski, enquanto o povo morria. Que bom que a maioria dos brasileiros, diante de tragédias como esta no Rio Grande do Sul, parece importar-se e partilha o pouco que tem para ajudar o próximo e melhorar o mundo.
João Bosco

Campos minados
Prezado amigo Afonsinho, acompanho seus textos há algum tempo, algo que gosto muito, principalmente pela abordagem justa e tranquila que você faz com o nosso futebol. Pena que o assunto não seja tratado dessa forma pela maioria da imprensa, dos atletas e também dos ex-atletas.
Marcos Antônio de Oliveira

Questão de estilo
A ministra Cármen Lúcia sempre foi corretíssima e corajosa em suas decisões. Certamente, fará um trabalho excelente no Tribunal Superior Eleitoral. Espero que tanto o TSE quanto o STF passem a aplicar punições rigorosas a Bolsonaro e sua corja.
Mônica Mendes

Pela hora da morte
Minha mãe morreu há um mês e passei exatamente por isso. De pronto, a moça da funerária disse que ela não teria direito ao sepultamento oferecido pela prefeitura, por não ser beneficiária do Bolsa Família ou de outros programas sociais. Aí foram mostradas opções a partir de 25 mil reais. Até que, finalmente, ela apresentou uma proposta “mais em conta”, de 8 mil reais. Fiquei constrangido em tentar qualquer pechincha e, no fim dos acertos, a conta chegou a 13 mil reais com as taxas. A expressão “não tem onde cair morto” nunca fez tanto sentido para mim.
Bruno Andrade

Para os paulistanos, ficou caro até morrer. É provável que logo mais o defunto seja obrigado a pagar alguma taxa. Se deixar, privatizam até o céu.
Simone Germendorf