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Às favas a democracia Quem é Elon Musk? Ou melhor, quem pensa que é o bilionário sul-africano que, com sua peculiar boçalidade, pretende imiscuir-se nas instituições nacionais e desprezar os ditames da nossa Constituição? Próprio de sua existência capitalista, em que o lucro está acima […]


Às favas a democracia
Quem é Elon Musk? Ou melhor, quem pensa que é o bilionário sul-africano que, com sua peculiar boçalidade, pretende imiscuir-se nas instituições nacionais e desprezar os ditames da nossa Constituição? Próprio de sua existência capitalista, em que o lucro está acima das leis, disse certa vez que incentivaria golpe de Estado onde bem lhe aprouvesse. É sabido, aliás, que para mover sua indústria automobilística depende do lítio que Bolívia, Chile e Argentina dispõem. Decerto não mediria esforços para consegui-lo com a subserviência dos locais. Agora vem atacar em nosso país a mais alta Corte de Justiça e o governo federal, que não pactuaram com sua liberalidade irrestrita e irresponsável nas redes sociais.
Pedro Luís Viegas
O xis da questão
Esta é a pior Câmara de Deputados que já tivemos. Endossam um ricaço mimado, que defende a desinformação contra o próprio País. É de chorar.
Ivete Matté
Os jornalões estão confundindo censura com proibição de informações criminosas. Bem faz a CartaCapital ao denunciar, pedaço por pedaço, toda essa construção nefasta. A remoção de conteúdo falso de redes sociais, especialmente as promovidas pelo mimado bilionário Elon Musk, que visa distorcer opiniões e interferir no voto, deve, sim, acontecer e ser devidamente regulada e controlada pela Justiça. Extremistas como Donald Trump e Jair Bolsonaro somente conseguiram eleger-se com base em mentiras e continuam a tumultuar criminosamente a democracia.
Adilson Gonçalves
Rede de mentiras
Nenhuma rede social pode estar associada ou favorecer partidos políticos. Ainda mais grave é Elon Musk a defender as milícias digitais dos extremistas de direita que apoiaram a tentativa de golpe do 8 de Janeiro. Conteúdos criminosos, cujas remoções foram determinadas pela Justiça, não podem ser tratados como exercício da liberdade de expressão.
Weber Vasconcelos
Cobertor curto
Há um pecado original no governo atual: o arcabouço fiscal do Haddad. O problema é que o ministro e os burocratas da Fazenda negociaram seus termos apenas com a Faria Lima e a Febraban. Governo sem controle da política monetária e com política fiscal amarrada. Sem entregar o prometido,
a polarização à direita vai manter-se.
Caio Batista
Pergunte aos sindicatos dos servidores e aos demais grevistas, que estão responsabilizando o atual governo pelas perdas salariais e a desvalorização das carreiras, que mobilização fizeram para eleger deputados e senadores progressistas em 2018 e 2022. Questione o que farão nas eleições municipais deste ano, a base para 2026. Qual pressão crítica fazem ao Congresso
e à mídia, que impõem uma política de juros extorsivos, um verdadeiro arrocho fiscal para impedir o governo de gastar? Esse roteiro já conhecemos.
Tsyusha Young
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