CartaCapital
Cartas Capitais
Cinzas do golpe Recentemente, andei lendo algumas obras sobre a movimentação dos militares em 1964. As informações trazidas pela atual investigação sobre a tentativa de golpe demonstram que os métodos utilizados são praticamente iguais aos de então: desinformação, coronéis insuflando a caserna, reuniões secretas etc. […]
Cinzas do golpe
Recentemente, andei lendo algumas obras sobre a movimentação dos militares em 1964. As informações trazidas pela atual investigação sobre a tentativa de golpe demonstram que os métodos utilizados são praticamente iguais aos de então: desinformação, coronéis insuflando a caserna, reuniões secretas etc. A única diferença é o uso do WhatsApp para articular o grupo, e que agora serve de prova contra os golpistas. Ao menos desta vez, as redes sociais parecem dar alguma contribuição ao Estado Democrático de Direito.
César Augusto Hulsendeger
A Deus e ao diabo
O presidente argentino está para Jair Bolsonaro assim como Mauricio Macri está para Michel Temer. Todas as suas promessas de campanha, incluindo a lei-ônibus e suas revogações, caíram por terra no Congresso argentino. Para governar um país em crise econômica, é preciso conversar com todos, não somente jogar palavras ao ventilador, destilando ódio e ofensas.
Paulo Sérgio Cordeiro
Tropelias do bolsonarismo
A política brasileira tem episódios surreais. Depois de seguidamente pregar contra a democracia, com motociatas e reuniões financiadas com dinheiro público, Bolsonaro agora convoca seus seguidores para uma concentração em “defesa da liberdade e do Estado de Direito”. Dá para acreditar em qual dos dois, no golpista ou no que se transveste em democrata? Acho que ele é o mesmo desde que foi expulso do Exército, por ação contrária a lei.
Sylvio Belém
Taxar os alimentos nocivos
O brasileiro sempre teve uma cultura alimentar exemplar, o que mudou nos últimos anos, especialmente na pandemia, foi a política de preços. Os alimentos orgânicos começaram a ficar fora do orçamento das famílias mais pobres. Não é uma questão de cultura, e sim uma escolha política.
Thais Nogueira
A tentação do proibido
A tentação do proibido é maior que tudo. Vale uma negociação sobre o uso do aparelho após uma boa aula. Essas estratégias sempre rendem bons resultados e incluem o aluno no diálogo.
Adriana Mathias
Quando os telefones surgiram, ninguém imaginava o que aquilo poderia se tornar. Observando a tecnologia surgindo para as crianças e adolescentes da escola pública, há cerca de dez anos, resolvi arriscar o uso dos aparelhos em atividades de fotografia e filmagem. Os estudantes ficaram vidrados com as técnicas e até hoje as utilizo com função pedagógica, para despertar a sensibilidade e a expressão criativa. Contudo, não pensamos enquanto sociedade na exposição excessiva aos smartphones. Foi tudo muito rápido e ninguém se deu conta de que esse trabalho deveria ter sido feito pelas famílias, pela sociedade em geral, não apenas pelas escolas.
Marcela Klayn
Errata
Na reportagem “Entre Jesus e Marx” (edição 1298, de 20 de fevereiro de 2024), a tradução da expressão francesa “haut en couleurs” estava imprecisa. O mais correto é exuberante, polêmico.
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