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Cartas Capitais
REELEIÇÃO OU CADEIA A determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que Jair Bolsonaro comparecesse para depor na Polícia Federal na sexta-feira 28 é emblemática. A exigência é em razão de o presidente não ter prestado depoimento sobre o vazamento de […]
REELEIÇÃO OU CADEIA
A determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que Jair Bolsonaro comparecesse para depor na Polícia Federal na sexta-feira 28 é emblemática. A exigência é em razão de o presidente não ter prestado depoimento sobre o vazamento de uma investigação sigilosa no prazo de 60 dias, após tentar, via Advocacia-Geral da União, a dispensa de tal formalidade – imprescindível, inclusive, para a sua própria defesa.
José de Anchieta Nobre de Almeida
(Enviado via carta)
UMA NOITE DE MEIO VERÃO
Entre sonhos e pesadelos, entre figuras sinistras e outras notáveis, Mino Carta esboça um pouco do passado recente e do presente trágico e promissor, com o possível retorno de Lula ao poder. Em recente escrito, Dilma Rousseff fala sobre o “sincericídio tardio” de Miriam Leitão a respeito do golpe de 2016, travestido de impeachment, que nos levou à tragédia Bolsonaro. Entre arrependidos e outros que ainda cometem crimes, restam os nossos heróis que lutaram pela democracia o tempo todo. Um sonho é assim mesmo, não tem pé nem cabeça, vem do inconsciente e tem um significado bem salutar. Freud, explica.
Paulo Sérgio Cordeiro Santos,
de Curitiba, PR
(Enviado via carta)
OS DONOS DO ESPAÇO
Em São Paulo, temos zero plano habitacional. Daí a inescapável pergunta: o que fazem as nossas secretarias de Habitação, municipal e estadual?
Marcos Boiani
(Enviado via Facebook)
O capital não deveria ser protagonista da nossa história.
Karla Dourado
(Enviado via Facebook)
A MORTE DE UM INIMIGO
Ódio é uma palavra forte, mas só tenho dó de quem tentou se proteger, seguiu as recomendações sanitárias e, mesmo assim, acabou morrendo. Ou, ainda, daqueles que não tiveram a chance de se imunizar. De Olavo de Carvalho não tenho pena alguma. Colheu o que plantou. Como a própria filha do guru disse, “que as suas ideias sejam enterradas com ele”.
Nathalia Cruz
(Enviado via Facebook)
Entendo o ódio legítimo do oprimido pelo opressor, mas a morte dos “nossos inimigos” resolve alguma coisa? Talvez, ficaria feliz com a morte de Olavo se esta significasse o fim do olavismo. Infelizmente, não acho que é o caso.
Francis Brasilis
(Enviado via Facebook)
O ódio pode ser a nossa arma, mas a Declaração Universal dos Direitos Humanos não exclui ninguém. Todos temos direito à vida, e defender esse princípio deveria ser o nosso diferencial. Pelo jeito, Pierre Bourdieu estava certo. Em uma sociedade reacionária, a subversão também será reacionária.
Amado Jacques
(Enviado via carta)
Texto e argumentação impecáveis. De fato, a retórica moralista de fundo religioso, retórica conveniente e arbitrariamente mobilizada, e a abstração da figura abjeta de Olavo ao termo de uma vida é mais um artifício classista.
Alex Henrique Bonavina de Oliveira
(Enviado via carta)
O FUTURO DA DIREITA
Vencer Bolsonaro com uma proposta de continuidade das reformas iniciadas por Temer, mudando apenas o nome do ocupante do Palácio do Planalto, para dar fôlego ao neoliberalismo e ao bolsonarismo, também não serve.
Francisco Carlos Corrêa
(Enviado via Facebook)
PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1194 DE CARTACAPITAL, EM 9 DE FEVEREIRO DE 2022.
Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Cartas Capitais”
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