Com sol o ano inteiro e uma refrescante brisa a suavizar o calor nas suas paradisíacas praias de águas mornas, o Nordeste concentra os destinos turísticos mais procurados pelos brasileiros. Essas mesmas características, alta luminosidade solar e ventos constantes, também colocam a região como o principal polo nacional de geração de energias renováveis e de produção do hidrogênio verde. Com o agravamento dos eventos climáticos extremos e a necessidade de descarbonização da economia, o mundo inteiro está de olho nesse potencial. A busca por fontes de energia alternativas aos combustíveis fósseis tem atraído vultosos investimentos estrangeiros para os estados nordestinos, já apontados como os motores da neoindustrialização brasileira, uma das principais bandeiras do presidente Lula em seu terceiro mandato.
Atualmente, as usinas fotovoltaicas e eólicas têm capacidade para abastecer toda a região e representam quase 70% da energia elétrica distribuída no subsistema Nordeste, segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) – o excedente é enviado para outras regiões por meio de linhas de transmissão. O potencial de geração de energia limpa nos estados nordestinos é, porém, inesgotável. Além da possibilidade de expansão dessas usinas pelo continente, a Câmara dos Deputados aprovou, no fim de novembro, o marco regulatório das eólicas offshore. Os investidores aguardam o Senado concluir a análise do tema para começarem a investir na geração de energia eólica em torres instaladas no mar, o que também deve impulsionar a incipiente, mas promissora, indústria do hidrogênio verde.
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