CartaCapital
Bolsonaro comete gafe ao responder para a rainha Elizabeth
Mesmo aparentemente bem intencionado, ele acabou soando rude no tratamento à monarca


O presidente Jair Bolsonaro errou no protocolo quando respondeu uma mensagem enviada pela chefe de Estado britânica, a rainha Elizabeth ll.
A monarca havia enviado por meio das redes sociais da família real do Reino Unido uma mensagem de condolências às vítimas do desastre de Brumadinho na quinta 31.
Em inglês, a mensagem dizia que “o Príncipe Philip e eu ficamos profundamente tristes ao saber da devastação e da perda de vidas causadas pela barragem rompida em Brumadinho. Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles que perderam entes queridos e aqueles cujos lares e meios de subsistência foram afetados”
The Queen has sent the following message to The President of the Federative Republic of Brazil.
Read the full message here: https://t.co/GWkI07Kr29— The Royal Family (@RoyalFamily) January 31, 2019
A mensagem foi respondida pelo twitter do presidente Jair Bolsonaro que, embora aparentemente bem intencionado, errou no protocolo ao se referir – também em inglês – à rainha apenas como “queen”. Esta forma é considerada rude e inadequada, sendo o equivalente a tratar um juiz durante uma audiência simplesmente como “juiz”, em vez de Excelentíssimo (ou Meritísismo) Senhor Doutor Juiz de Direito.
A forma de tratamento adequada para o cargo de rei ou rainha, em inglês, é His ou Her Majesty, ou ainda Your Majesty. Em português, sua majestade. Veja:
Thank you for the words, Queen. God bless Brazil and the United Kingdom / Obrigado pelas palavras, Rainha. Deus abençoe o Brasil e o Reino Unido. https://t.co/qBui0BbiZ0
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 31, 2019
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.