A Polícia Federal prendeu, na quarta-feira 22, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro no âmbito da investigação sobre o “gabinete paralelo” instalado na pasta, no qual pastores ligados ao governo intermediavam a distribuição de verbas para prefeituras em troca de propina. Investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência, o reverendo presbiteriano teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. Os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos também foram alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão em vários endereços.
Se até pouco tempo Jair Bolsonaro depositava total confiança no colaborador, a ponto de dizer que colocaria a “cara no fogo” por Ribeiro, agora o ex-capitão lava as mãos para a sua prisão: “Ele que responda pelos atos dele”. Não é a primeira vez que o ex-capitão abandona soldados feridos pela estrada, mas não será tão simples se livrar das chamas. Em áudio revelado pela Folha de S.Paulo em março, o então ministro disse priorizar a liberação de verbas para amigos de Santos por orientação de Bolsonaro. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim.”
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