Haddad seria eleito em 2º turno se eleições fossem hoje, diz Datafolha

Segundo o instituto de pesquisa, o petista venceria entre diversos segmentos, como pretos, pardos, mulheres e os mais pobres

Foto: Ricardo Stuckert

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O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) venceria o segundo turno da eleição para presidente da República com 42% dos votos, contra 36% de Jair Bolsonaro (PSL), se a corrida presidencial fosse decidida hoje, indica pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira 2. A pesquisa mostra que 18% votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder.

Em 28 de outubro de 2018, Bolsonaro foi eleito no segundo turno com 55,13% dos votos válidos, enquanto Haddad obteve 44,87%, exceto brancos, nulos e indecisos. Após oito meses, o instituto Datafolha divulga que a reprovação do presidente alcançou 38%, cinco pontos a mais que pesquisa divulgada em abril. Bolsonaro é o presidente com a pior avaliação em primeiro mandato, desde Fernando Collor de Melo, eleito em 1990.

A pesquisa também mostra que 74% dos eleitores de Bolsonaro no ano passado manteriam o voto se a eleição fosse hoje, 10% migrariam para Haddad e 13% votariam branco ou nulo. Entre os que preferiram Haddad em 2018, 88% manteriam o voto, 4% mudariam para Bolsonaro e 6% votariam branco ou nulo. Dos que votaram branco ou nulo, 68% manteriam, 21% mudariam para Haddad e 6% para Bolsonaro.

O estudo também analisou as preferências de acordo com segmentos da sociedade. Entre desempregados que procuram emprego, 52% votariam em Haddad, 26% em Bolsonaro e 19% votariam nulo ou branco. Em posição oposta, 61% dos empresários votariam em Bolsonaro e 26% em Haddad.

Haddad venceria entre quem ganha até dois salários mínimos (49% a 28%). Em todas as outras faixas de renda, perderia. Entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos, Bolsonaro ganharia por 53% a 27%.


Haddad venceria entre estudantes (50% a 32%), pretos (53% a 26%), pardos (43% a 36%), amarelos (44% a 30%), indígenas (40% a 34%) e mulheres (44% a 32%). Brancos votariam em Bolsonaro: 43% contra 36% que prefeririam Haddad. Entre homens, Bolsonaro e Haddad empatariam. Evangélicos prefeririam Bolsonaro (47%) em vez de Haddad (32%), enquanto católicos elegeriam o petista (46%) em vez do atual presidente da República (33%).

Haddad seria vitorioso entre jovens entre 16 e 24 anos (51% a 31%) e sofreria derrota entre maiores de 60 anos (34% a 41%). Bolsonaro seria vitorioso em todas as regiões, menos no Nordeste, que elegeria Haddad por 57% contra 23%.

O Datafolha entrevistou 2.878 pessoas entre 29 e 30 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.

 

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