Política
Weintraub compartilha texto que acusa Bolsonaro de traidor e apaga
Postagem acusa presidente de traição por manter item do pacote anticrime que cria ‘juiz de garantias’
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, compartilhou uma publicação no Twitter que criticava a decisão do presidente Jair Bolsonaro em não vetar um dos itens do pacote anticrime, que cria a figura do “juiz de garantias” nos processos criminais. O texto foi replicado na quarta-feira 25 e foi apagado horas depois.
O post original foi escrito pelo influenciador digital conservador Nando Moura e acusa Bolsonaro de traição. Segundo ele, “ao sancionar a emenda do [deputado federal do PSOL, Marcelo] Freixo”, Bolsonaro “traiu não só o ministro Sergio Moro, mas todo o povo brasileiro”.
Após excluir o compartilhamento, Weintraub escreveu que fez a ação sem querer.
“Estou em viagem, em um navio, com internet intermitente. Fico horas sem internet. Dei RT sem querer em um post. Evidentemente que foi um erro”, desculpou-se o ministro.
Estou em viagem, em um navio, com internet intermitente. Fico horas sem internet. Dei RT sem querer em um post. Evidentemente que foi um erro.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) 25 de dezembro de 2019
A decisão de Bolsonaro em criar o juiz de garantias ocorreu a contragosto de Moro, que recomendou que o presidente vetasse o item. Bolsonaro sancionou o pacote anticrime nesta semana.
Após oito meses no cargo, Weintraub está com um pé fora do Ministério da Educação. Segundo mostrou CartaCapital na edição 1086, o ministro já teria sido avisado de que não continuará na pasta em 2020, mas as conversas para definição de seu sucessor ainda estariam em curso.
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