Sexo e drogas: o que é preciso saber sobre os perigos do chemsex

Quando se fala em drogas, não existe dose segura. Por isso é importante saber lidar com os riscos

Sexo e drogas: o que é preciso saber sobre os perigos do chemsex. Foto: DPLight/ Istock

Apoie Siga-nos no

Continuamos a falar sobre uso de substâncias psicoativas durante o sexo, chamado também de sexo químico ou, em inglês, chemsex.

 

Em textos anteriores, falei sobre o que é o chemsex, seus riscos e as razões pelas quais ele é tão popular entre homens gays e bissexuais. Sabendo dessa popularidade, é fundamental falar sobre diminuir os riscos dessa prática.

Quando se fala em drogas, não existe dose segura — sempre há riscos. Mas as pessoas usam drogas, não adianta negar essa realidade. Por isso é tão importante explicar quais são esses perigos e as estratégias para diminuí-los.

Falarei de medidas gerais de redução de danos indicadas a adeptos do chemsex.

Para informações mais detalhadas, indico as cartilhas do Projeto ResPire, do Centro de Convivência É de Lei. Esse é um projeto muito legal, que visa à promoção da saúde a partir de divulgação de informações e riscos sobre o uso de drogas.


Também usei informações contidas em alguns trabalhos científicos, além da minha prática clínica no consultório e no hospital.

  • Parece bobo, mas não é. Estude a substância: doses adequadas, tempo de ação, riscos à saúde, efeitos. Isso vai te ajudar entender melhor quais são as possíveis complicações.
  • Na hora do sexo, o cuidado pode passar batido. Por isso, pense em tudo antecipadamente: proteção, PrEP, preservativos, lubrificantes… Consulte-se regularmente com um infectologista para discutir estratégias de prevenção, exames e tratamentos.
  • Não aceite drogas de estranhos. Nem mesmo álcool. Têm sido comuns casos de pessoas dopadas (o famoso “Boa Noite, Cinderela”) que terminam roubadas, agredidas e/ou estupradas. 
  • Evite injetáveis. Aplicação intravenosa oferece muito mais riscos que o consumo pela boca ou pelo nariz. Jamais compartilhe seringas ou agulhas.
  • Evite misturar. Uso combinado de drogas estimulantes (como cocaína, ecstasy, poppers e GHB), drogas depressoras (como álcool, ketamina, calmantes) e medicamentos para disfunção erétil aumenta os riscos de intoxicação e de paradas cardiorrespiratórias, podendo levar à morte.
  • Em caso de desmaio ou perda a consciência, ponha a vítima de lado, pois ela pode se afogar com o vômito. Chame o socorro médico imediatamente.

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.