Parlatório
Renato Duque volta a ser preso na décima fase da Lava Jato
A Polícia Federal acredita que o ex-diretor de e Engenharia e Serviços da Petrobras, indicado ao cargo pelo PT, movimentou 20 milhões de euros


A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira 16, a décima fase da Operação Lava Jato, intitulada Que País é Esse, que investiga desvios de recursos na Petrobras. Durante a operação, o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque, voltou a ser preso preventivamente pela PF. Ao todo, 18 mandados judiciais foram expedidos, sendo dois de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão.
Para a PF, Duque movimentou 20 milhões de euros (cerca de 68 milhões de reais) de contas na Suíça para contas no principado de Mônaco. Renato Duque foi indicado para o cargo pela cota do PT e é suspeito de ser o principal homem do partido no esquema de corrupção da Petrobras.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro e foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Os presos são investigados pelos crimes de associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, também foram presos o filho de Mario Góes, que já está preso em Curitiba e é apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal, e o empresário Adir Assad, investigado por manter empresas laranjas e usá-las para lavar dinheiro.
Segundo a PF, os presos serão levados para Curitiba e permanecerão custodiados na Superintendência da Polícia Federal, à disposição da 13ª Vara Federal de Curitiba.
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