Operação Publicano 2 mira primo de Beto Richa

Investigação do MP tenta prender 68 pessoas ligadas ao esquema de corrupção na Receita do Paraná

Beto Richa durante a cerimônia de posse, em 1º de janeiro. Seu governo está sob pressão

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O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), precisa colocar as barbas de molho. Nesta quarta-feira 10, o Gaeco, grupo do Ministério Público de combate ao crime organizado, colocou na rua a segunda fase da Operação Publicano, que investiga um suposto esquema de pagamento de propina na receita estadual. A operação cumpre 68 mandados de prisão em dez cidades paranaenses e centra-se no chamado “núcleo político” do esquema.

Entre as prisões solicitadas está a de Luiz Abi Antoun, primo do governador tucano. Também integram a lista Márcio de Albuquerque Lima, considerado o líder do grupo e ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita entre julho do ano passado e março desse ano; Lidio Franco Samways Junior, sucessor de Lima; Jaime Kiochi Nakano, ex-inspetor em Londrina; e João Marco Souza, auditor de Curitiba.

Segundo o promotor Renato de Lima Castro afirmou a jornalistas, a organização criminosa é “altamente sofisticada” e hierarquizada, com divisão de tarefas e distribuição da propina arrecadada para manutenção da própria organização. Ele diz que o esquema acontece “há décadas”, e que novos agentes eram cooptados a integrar a organizar na medida em que passavam no concurso público.

Um dos auditores envolvidos no esquema afirma que parte da propina foi usada na campanha à reeleição de Richa, o que governador nega, como mostra reportagem de Fábio Serapião sobre o esquema no Paraná publicada na última edição de CartaCapital.

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