Parlatório

Como foram os protestos de 13 de março pelo Brasil

Convocados para 23 estados, os atos acontecem por todo o País em diferentes horários nesta sexta-feira

Avenida Paulista para em manifestação
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Em resposta à manifestação pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, marcado para domingo 15, 23 estados e o Distrito Federal saem às ruas nesta sexta-feira 13 pelo “Ato Nacional em defesa da Petrobras, dos Direitos e da Reforma Política”. Convocadas pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), UNE (União Nacional dos Estudantes) e MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), as manifestações já começaram em 21 estados e Distrito Federal.

Os atos, também batizados de Dia Nacional de Lutas, foi inicialmente convocado para defender a Petrobras e criticar o ajuste fiscal anunciado por Dilma nos últimos meses. Agora, os movimentos de esquerda também marcham em defesa da democracia – ou contra o suposto golpe de impeachment – e da reforma política.

Confira, abaixo, o desenrolar dos em cada estado. A matéria será atualizada ao longo do dia:

São Paulo

O ato convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e apoiado por diversos outros movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), se reuniu em frente ao prédio da Petrobras, em São Paulo, enquanto o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) se reunia no vão do Masp.

Segundo a PM, o ato reuniu 12 mil pessoas. A organização falava em 100 mil pessoas às 17 horas.

Ambos anteciparam seus atos para evitar possível confronto com o grupo pró-impeachment Revoltados Online, que passaria pela região às 15 horas. Neste horário, porém, contavam com menos de dez integrantes, aqui incluído o líder Marcello Reis, que se recusou a dar entrevistas a CartaCapital.

Com pouco menos de mil pessoas reunidas no começo da tarde, a manifestação dos movimentos sociais ganhou corpo a partir das 15 horas, quando participantes começaram a marchar em direção ao Masp para se encontrar com os professores. A marcha rumou até a Praça da República.

Apenas às 17h30, cerca de 50 manifestantes com faixas pró-impeachment e pela intervenção militar chegaram à região da Avenida Paulista, momento em que parte do ato dos movimentos sociais já chegava à praça Roosevelt, no centro da cidade. Sob forte chuva, Reis afirmou que seus colegas “não são de açúcar”, mas que o evento era “apenas para marcar presença”. Por isso, após breves 30 minutos, o ato acabou, prometendo voltar a ocupar a avenida Paulista no domingo 15.

Masp Manifestação no vão do Masp

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rio de Janeiro

No Rio, o primeiro protesto aconteceu entre 5h e 9h, período em que os funcionários da Refinaria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, cruzaram os braços em protesto. À tarde, um grupo chegou a soltar fogos de artifício em frente à sede da Petrobras, enquanto outros manifestantes foram para Cinelândia: 1.500 pessoas, segundo a PM.

Distrito Federal

No DF, cerca de 300 manifestantes se concentraram na região central de Brasília, em um centro comercial. O grupo partiu às 17h em direção à rodoviária da cidade, segundo estimativa da PM. No final do ato, 1.000 manifestantes estavam na manifestação da CUT. A estimativa da PM é de 500 pessoas. Outras dez, do grupo Revoltados Online, fizeram uma carreata.

Bahia

O ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, foi ao ato em Salvador, que mobilizou cerca de mil pessoas segundo a PM. Iniciada às 7h, a marcha percorreu o bairro e terminou às 11h em frente à sede da empresa, em Itaigara.

Minas Gerais

Como em muitos estados, Minas reservou seu protesto para o período da manhã. Em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, a Refinaria Gabriel Passos teve seus portões bloqueados por manifestantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Logo cedo, por volta das 7h, ativistas fecharam por duas horas a rodovia Fernão Dias. O ato acabou às 9h30 após a participação de 2 mil pessoas, segundo o movimento. A Polícia Rodoviária Federal falou em 500 pessoas.

Paraná

Aproximadamente 200 pessoas atenderam ao chamado do Sindicato dos Petroleiros de Curitiba (Sindipetro) em Araucária (PR), região metropolitana de Curitiba. Eles se concentraram na entrada principal da Refinaria Presidente Getúlio Vargas.

Maranhão

A passeata por São Luiz, a partir das 15h, foi precedida por panfletagem no período da manhã na praça Deodoro.

Ceará

Na capital, Fortaleza, 400 manifestantes começaram os protestos por volta das 8h, segundo a PM, e mil, de acordo com a CUT. No final do ato, 3 mil pessoas participaram com o apoio do Movimento dos Atingidos por Barragens.

Pernambuco

A passeata entre as ruas do hospício e a avenida Guararapes, no Recife, reuniu aproximadamente mil pessoas, segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano.

Alagoas

Em Maceió, os manifestantes se concentraram na Praça Sinimbu e se preparam para marchar até a praça Dom Pedro 2.º, em frente à Assembleia Legislativa, no centro. O ato, que começou às 9h, terminou às 14h na Assembleia Legislativa: 2 mil pessoas participaram.

Amapá

No Macapá, a mobilização juntou cem pessoas, segundo a CUT; 60 de acordo com a PM. A chuva cancelou a caminhada que sairia da Praça da Bandeira em direção ao Parque do Forte.

Mato Grosso do Sul

Com início na praça do Rádio Clube, 2 mil pessoas, segundo a PM, e 4 mil pelas contas da CUT, marcharam em direção à avenida Afonso Pena por volta das 12h.

Mato Grosso

Em Cuiabá, uma passeata iniciada às 12h marchou pelo centro da cidade, ainda sem estimativa de participantes.

Goiás

Aproximadamente 300 manifestantes foram à praça Cívica, no centro de Goiânia, protestar em favor da estatal.

Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, os protestos aconteceram na quinta-feira. Em Caxias do Sul, o protesto foi nesta sexta 13. Começou às 17h com 500 pessoas na praça Dante Alighieri. O PT e o PCdoB participaram do ato organizado pela CUT.

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