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O futebol carioca está desmoralizado?
À exceção do Flamengo, os demais pagam o preço da má gestão
O futebol do Rio de Janeiro, que já foi a menina dos olhos de ouro do Brasil, vem se auto sabotando e passando vergonha dentro e fora dos gramados. Nas cinco últimas rodadas já encerradas do Brasileirão somente o Flamengo teve o aproveitamento maior que 50%, enquanto o atual líder Palmeiras teve 73,3%.
Na tabela do campeonato brasileiro a gente vê que a situação não está fácil para os times cariocas. Fluminense e Botafogo estão embolados no meio da tabela, mas não estão tão longe do Z4, contando que temos apenas mais 4 rodadas, a diferença entre o 17°, Chapecoense, e eles é de 4 pontos. O coração dos vascaínos tem um misto de tristeza e medo, porque o time está a um ponto da zona de rebaixamento. O Flamengo está bem colocado, 3º lugar, mas a não reposta aos altos investimentos irrita os rubro-negros.
As últimas conquistas dos clubes cariocas foram o Campeonato Brasileiro de 2012, pelo Fluminense, e a Copa do Brasil de 2013, pelo Flamengo. A escassez de títulos é um reflexo da crise financeira e de gestão que está instalada há um bom tempo nesses clubes, exceto no Flamengo que desde 2015 conseguiu por as contas em dia, mas continua devendo troféus.
A culpa não é exclusiva da administração atual, mas o despreparo, irresponsabilidade, falta de planejamento das anteriores é que fizeram as coisas tomarem as proporções que tomaram. Com os atrasos nos salários em diversos setores, o estado deplorável dos estádios, a falta de centros de treinamento ao nível do que esses clubes poderiam e deveriam dar não teria um resultado diferente do sucateamento atual do futebol carioca.
A crise no Flamengo é outra, porque tudo aparenta estar em ordem no clube. Mas a crise que o Flamengo enfrenta não se pode tocar, é a crise física, de técnico, de confiança, de vontade que o elenco e toda a equipe enfrentam. Isso só o dinheiro não resolve. Isso envolve todos, exige um modificação coletiva de pensamento, de postura em campo. É jogar pra ganhar e não para não perder.
O futebol carioca vive do passado e se alimenta de esperança sustentada pelo amor. O torcedor continua torcendo, porque não se pode mudar o que está no sangue, mas ele sofre por ver o que tanto ama se perdendo.
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