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Ministério do Esporte é alvo do próximo governo
Com a crise política e econômica brasileira, o esporte vem sendo alvo da fusão dos ministérios
Com a crise política e econômica brasileira, o esporte vem sendo alvo da fusão dos ministérios. O futuro governo do Jair Bolsonaro anunciou nesta semana a definição das pastas dos ministérios, estas podem chegar a quinze ou dezessete. Atualmente, no governo Michel Temer há 29. O do Esporte será fundido com o da Cultura e o da Educação.
Tema não abordado no plano de governo e nem nas campanhas do futuro presidente, o esporte proporcionou nos últimos anos grandes avanços, saindo de um quase amador no Brasil para hoje ser feito em um nível profissional. As novas definições caminham para o início da história em 1937, quando o esporte fez parte da pasta da Educação até ter sua pasta especifica.
Foi no governo do Fernando Henrique Cardoso que nasceu o Ministério do Esporte e Turismo, tendo o rei Pelé como ministro. Mas somente no governo Lula em 2003, o Esporte passou a ser um ministério. Desde então, o setor se profissionalizou e teve aumento de receita. Antes, pulou de pasta em pasta, ficando a maior parte da sua história como secretaria na pasta da Educação.
No seu site oficial, o Ministério do Esporte é definido como “responsável por construir uma Política Nacional de Esporte. Além de desenvolver o esporte de alto rendimento, o Ministério trabalha ações de inclusão social por meio do esporte, garantindo a população brasileira o acesso gratuito a pratica esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano”. Ainda com informações retiradas do site, são relacionados alguns programas e ações como Plano Brasil Medalhas, Rede Nacional de Treinamento, Centro de Iniciação ao Esporte, Centros Olímpicos de Treinamento, Bolsa Atleta, Segundo Tempo, Atleta na Escola, Brincando com Esporte, Esporte e Lazer da Vida, Vida Saudável, Futebol Feminino, Seleções do Futuro, Sistema Nacional do Esporte, Diesporte, Estádio Mais.
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Com o anuncio, houve uma grande repercussão nas redes sociais tanto de usuários quanto de algumas entidades. A possível extinção preocupa principalmente comitês e confederações, pois infelizmente o esporte não é visto como investimento nos planos de governo. Os Comitês Olímpico, Paraolímpico e Confederação Brasileira do Vôlei também se manifestaram e cobram mais apoio e consolidação da política pública do esporte. A Confederação Brasileira do Vôlei em nota afirma “O esporte é agente poderoso de inclusão, educação e saúde, tendo extrema importância dentro da sociedade”.
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