Diálogos da Fé

Blog dedicado à discussão de assuntos do momento sob a ótica de diferentes crenças e religiões

Diálogos da Fé

Tensão no Golfo Pérsico

Os Estados Unidos voltam a ameaçar o Irã. Com qual propósito?

O porta-aviões Abraham Lincoln está no Golfo Pérsico (Foto: Wikimedia)
Apoie Siga-nos no

O Irã tem sofrido com uma guerra econômica, política e psicológica comandada pelos EUA, que insistem em uma prática de intrigas e pressões, com seus militares indo e vindo na região e o envio de porta-aviões como o Abraham Lincoln CVN-72 ao Golfo Pérsico.

Os EUA neste momento intensificam ao máximo as pressões sobre o Irã e tornam impossível qualquer nova negociação, como gostaria Donald Trump, disposto, ao que parece, a tentar um reformado acordo nuclear com o regime dos aiatolás.

O Irã não aceita negociar sua soberania e diz que Washington não merece nenhuma confiança depois de se retirar do acordo nuclear de 2015, assinado pelos iranianos e o grupo dos 5+1, à época formado por EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, mais a Alemanha.

 

Apesar de a Agência Internacional de Energia Atômica reafirmar que o Irã cumpriu todas as obrigações nos acordos anteriores e ter assegurado que armas atômicas são proibidas pela doutrina de defesa da República Islâmica, os EUA se retiraram do acordo para criar um novo problema político que se transforme em ameaças de invasão, controle político e saque das riquezas. E valem-se do discurso de defesa da “paz mundial”, embora sejam Washington quem ameaça a soberania dos outros países.

A Arábia Saudita reclama de sabotagem em navio. O caso é parte da tensão no Golfo (Foto: AFP)

O comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária do Irã disse que os Estados Unidos não se atrevem a atacar o país, pois seus porta-aviões são bastante vulneráveis na distância em que se encontram.

O povo iraniano está confiante em sua emancipação e soberania e, apesar das ameaças de guerra em pleno mês do Ramadã, não se abate nem tem medo.

Foi em um 17 de Ramadã, segundo ano da Hégira (migração), ano 624 do calendário gregoriano, quando, mesmo sem querer a guerra, os muçulmanos foram ameaçados e tiveram que lutar contra um exército muito maior. Venceram um grande confronto chamado a Batalha de Badr .

O presidente do Poder Judiciário do Irã, Seyed Ebrahim Raisi, disse em um pronunciamento que o Irã jamais se renderá às ameaças de um inimigo como os EUA. Ele afirmou em um pronunciamento: “Nossa vitória depende unicamente da nossa resistência, da nossa autoestima e confiar em Deus e no lema de que podemos vencer o inimigo com nossa forte determinação”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.