Os planos de Israel para o Sinai e um novo destino aos palestinos

O Sinai tem grande importância estratégica e muitos recursos naturais que Israel cobiça para expandir seus territórios

Apoie Siga-nos no

O Sinai está sendo cotado pelos sionistas e pelo Acordo do Século de Trump como um possível “novo lugar” para os palestinos.

Apesar dos acordos de Camp David, que obrigaram Israel a devolver a península do Sinai ao Egito, Israel sempre teve planos de usar este território.

Segundo observadores, o regime sionista – da mesma maneira que queria utilizar as colinas de Golã, na Síria, como um futuro estado para os Drusos, ou criar um estado cristão no Sinai, balcanizando, assim, o país – também trabalha com a hipótese de retomar este lugar à força, utilizando-se de “desculpas teológicas” de que foi ali que Deus entregou as tábuas da lei a Moisés, mas na verdade os sionistas querem o Sinai para cumprir seu plano colonialista na região.

A estratégia de criar uma nova Palestina no Sinai, que ao lado da Faixa de Gaza formaria a Palestina que os judeus querem e a que Trump, no Acordo do Século, também quer e propõe.

Um território palestino em estado egípcio

Assim Israel ocuparia mais terras ainda na Cisjordânia e até expulsaria os palestinos para a Jordânia.

A Nova Palestina que os EUA e Israel querem não teria nenhum direito a soberania nacional, nem exército para se proteger e Israel ainda cobraria pela proteção do novo Estado que seria “garantido” pela administração da entidade sionista.


Al Quds (Jerusalém) seriam definitivamente entregue para os sionistas fazerem a capital deles e os palestinos ficariam confinados no Sinai.

Dentro deste plano, está também criar intrigas entre os cristãos e muçulmanos e chamar a minoria cristã copta para formar um estado independente no Cairo.

Os cristãos egípcios realmente sofrem grande perseguição, êxodo e destruição das igrejas por parte da criação de grupos wahabitas cujo financiamento é americano, judeu e saudita e cuja finalidade é aterrorizar os irmãos cristãos e pôr a culpa no islã, criando intrigas e ódios que fazem com que milhares de pessoas fujam desta área despovoada e assim Israel ocupa esta região e explora os recursos de hidrocarbonetos e sonhar com o plano da “grande Israel” e para isso precisa dividir os outros povos para domina-los.

Estes eram os planos do sionismo para as colinas de Golã, para a Faixa de Gaza, para o sul do Líbano (antes de serem humilhados pela resistência do Hizbulah), queriam anexar tudo e o presidente americano Trump chegou a dizer que Golã   era parte da geografia de Israel.

Para os sionistas mais radicais, devolver o Sinai ao Egito foi um erro, tanto que sempre tiveram planos para retomá-lo.

O Sinai tem grande importância estratégica e muitos recursos naturais que Israel cobiça para expandir seus territórios.

Os acordos de Camp David assinados por Israel são, na verdade, uma grande mentira.

Israel nunca abandonou a ideia de recuperar o Sinai e para isso vai dividir os povos e jogar os cristãos do Egito contra os muçulmanos e assim pretende criar na península do Sinai movimentos similares aos ocorridos na guerra da Síria.

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.