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O fracasso político e moral da “conferência da paz” no Bahrein

Organizada pelo genro de Donald Trump, iniciativa em favor da Palestina foi boicotada pelos próprios palestinos

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O Bahrein sediou a conferência entre o regime Wahabi dos Emirados Árabes e saudita sobre os auspícios, digamos, do imperialismo norte-americano e do sionismo, para tentar implementar seus novos planos de saque aos direitos do povo palestino.

O Bahrein, país que cedia o milionário prêmio de Fórmula 1, viveu um grande levante popular em 1994, mas imediatamente a ingerência americana surgiu   para sufocar a vanguarda e matar os dissidentes. Cada vez que seu povo se levantava rápida e bárbara era a resposta do regime de Al jalifa contra o qual o povo do Bahrein vem lutando e resistindo bravamente.

Desde então e também a partir de 2011, na revolução de 14 de fevereiro, os representantes do regime do Bahrein e Israel se reúnem com periodicidade para trocarem favores sujos contra o povo palestino e demais povos em luta da região, que os Estados Unidos e Israel querem controlar.

Negar os direitos do povo palestino e enganar a opinião pública foi o centro desta conferência.

Quem confiaria em uma conferência intitulada “Da paz à prosperidade” e liderada por Jared Kurshner, genro de Donald Trump…

Alguns países árabes são traidores da causa palestina e participaram da conferência se sentindo representantes de seus interesses próprios, enquanto que outros boicotaram esta farsa.

Os muçulmanos estão se afastando das nações árabes que sejam traidores da causa palestina.

O regime vassalo de Al Jalifa vem buscando apoio dos EUA, também do Reino Unido e Israel, por isso, se reúne com funcionários do regime sionista para negociar algo que não lhe pertence, a Palestina.

O povo do Bahrein sempre apoiou a causa palestina, ao contrário de seu governo.

Negociam a vida de outros povos aos quais pretendem roubar, sem que estes povos participem de nenhuma negociação com eles, pois não aceitam se submeter. Por isso esse poder imperial maligno é chamado muitas vezes pelos muçulmanos de Shayton (demônio).

Esta conferência quer baixar regras sobre as cabeças do povo palestino, mas para eles elas não têm nenhum valor e eles não a reconhecem nem a aceitaram. Fará parte da resistência resistir a mais este plano, afinal, o povo palestino já viu tantos e tantos e só confia na sua luta por autodeterminação.

Se realmente fosse uma conferência para ajudar ao povo palestino, por que então Washington congelou mais de 500 milhões de dólares de ajuda e parou de financiar a agência para refugiados da Palestina – a UNRWA – e apoiou tanto Israel?

A reunião em um hotel de luxo no Bahrein também tratou de uma aliança dos países com Israel para “defende-lo”, segundo a conferência, das “hostilidades do Irã”, ou seja, pretende resolver várias questões que impedem o imperialismo de roubar petróleo e o sionismo de roubar terras… Centenas de palestinos protestaram na Cisjordânia, e em Hebron se sentaram em volta de um caixão escrito “Acordo do Século” e no Marrocos houve protestos contra o governo que anunciou que participaria da conferência.

Esta conferência de paz e desenvolvimento econômico foi uma farsa completa em um cenário que está sendo montado para que Trump tente avançar com seu “acordo do século”, que só serve aos planos do regime sionista para colonizar a Palestina e capturar o petróleo internacional e para isso eles precisam neutralizar a luta e resistência dos povos que se recusam a se submeter.

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