Islamofobia sufoca e aterroriza muçulmanos em todo o mundo

Uma pesquisa da Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo concluiu em seu congresso este ano em Niza, na França, que 80% das vítimas de terrorismo no mundo são muçulmanas.

O presidente da associação, o francês Anadolu Guillaume Denoix de Sant-Marc, falou sobre a importância de evitar a radicalização na sociedade. Ele disse que a associação faz visitas aos prisioneiros nas prisões para discutir com eles “como superar o ódio e a malícia”.

Muitos muçulmanos foram convidados ao congresso e a associação também faz um trabalho com vítimas com a finalidade de recuperá-las para uma vida normal.​

Sant-Marc disse que os terroristas apostam na divisão e inimizade entre os povos, mas que devemos “reconstruir uma ponte que foi destruída”.

A Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo quer estabelecer diálogo com vítimas do terrorismo de outras religiões também.​ Os ataques ao islam, porém, batem todos os recordes. ​

A mesquita de Colônia na Alemanha foi evacuada diversas vezes por ameaças de bomba. Só na Alemanha, foram mais de 80 ataques a mesquitas no ano de 2019. ​

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No Reino Unido, as declarações islamofóbicas do premier Boris Johnson sobre as mulheres muçulmanas usando burcas ou niqabes (véu que deixa só os olhos à mostra) parecerem “assaltantes de banco” fizeram com que a islamofobia e ações islamofóbicas subissem 375%. Quando assumiu, Sadiq Khan (que era muçulmano) teve que andar o tempo todo com escolta policial por ter recebido diversas ameaças islamofóbicas.​

Este ano também, em agosto, os ataques a mesquita de Oslo foram considerados pelas autoridades norueguesas como um ataque terrorista.​

Os EUA são onde mais se constroem estereótipos negativos sobre os muçulmanos É uma política da Casa Branca insinuar por exemplo: ​

Que a maioria dos muçulmanos é mais violenta que pessoas de outras religiões; ​

Que são machistas e discriminam as mulheres;

Que são hostis aos americanos e aos EUA; ​

Que são pedófilos; ​

Que são menos civilizados que as outras pessoas (o que costumavam dizer também sobre os índios que habitavam a América do Norte antes da chegada dos colonizadores e sobre os negros para tentar justificar a escravidão).

E seguem sendo os muçulmanos os que mais sofrem ataques terroristas, como aponta a pesquisa do instituto francês: 80% das vítimas de terrorismo ​são exatamente eles.