Diálogos da Fé
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Irã: os 40 anos da Revolução Islâmica
Qual o legado do movimento que derrubou o regime dinástico em 1979?
A Revolução de 1979 no Irã nasceu de antecedentes políticos, filosóficos e espirituais que ganharam a consciência das massas em apoio a um programa anti-imperialista baseado em uma ideia de governo islâmico.
O Irã era governado por uma dinastia monárquica .
Em 1906, surge uma Constituição persa, que impõe limites à monarquia. Em 1924, a dinastia Qajar desrespeita a Constituição e bombardeia o Parlamento com o apoio dos ingleses.
Na sequência, o xá Reza Pahlevi, que governou de 1925 a 1941, transmite o poder ao filho Mohammad, que passa a esbanjar dinheiro. Era visto como corrupto e usava da tirania para calar os opositores.
Sua impopularidade crescia principalmente entre os mais pobres, também os mais religiosos. Os muçulmanos persas, em sua maioria xiitas, reuniam-se nas mesquitas. Os sábios possuíam uma visão filosófica e gnóstica.
As sucessivas lutas, greves e movimentos de estudantes no Irã se levantavam contra a pobreza e o analfabetismo que o povo era submetido, enquanto a monarquia vivia em palácios suntuosos .
O Savak, serviço secreto ligado ao xá, impunha censura, prisão, tortura e assassinato daqueles que se opunham ao regime, e reprimia com violência os protestos .
Em 1978 aconteceu o que ficou conhecido como “sexta-feira negra”. O exército matou mais de 90 opositores. Em dezembro do mesmo ano, mais de 2 milhões de iranianos tomaram as ruas em Teerã. Os militares se uniram aos protestos.
Ruhollah Khomeini regressa então do exílio para liderar a revolução. Segundo o aiatolá, o movimento deveria seguir cinco pontos fundamentais: ser contra a monarquia e a tirania, ser anticolonialista, ser antissionista, lutar contra os Estados Unidos e ser independente.
A República islâmica manteve-se combativa e forte, organizou uma respeitada guarda e brotou da vontade popular. Até hoje o Irã é visto como um dos países que lutam contra o imperialismo.
➤ Leia também: O ataque terrorista ao Irã
O Irã se desenvolveu e tem indústria e tecnologia de ponta e um papel destacado na posição social das mulheres, que ocupam postos nas universidades, no Parlamento, na política, nas artes e nas ciências.
Agenda:
40 anos da Revolução Iraniana
Dia 11 às 19 horas
Câmara Municipal de São Paulo
Debatedores: Sheik Rodrigo Jalloul, Renato Costa, Juliano Medeiros e Marcia Nestardo
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