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A crença na vinda de um Messias está presente também no Islamismo

Nas palavras do profeta Mohammad, ‘Allah enviará um homem da gente da minha casa que encherá o mundo de justiça’

O aparecimento de um Messias no chamado final dos tempos ou juízo final é uma questão que une as religiões no mundo (Foto: Wikimedia Commons)
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Uma das questões que mais unem as religiões no mundo inteiro ao longo dos séculos é o aparecimento de um Messias em uma época conhecida como final dos tempos ou juízo final. Tanto judeus, cristãos e muçulmanos creem na vinda de um Messias e em todos os livros sagrados esta figura aparece.

No antigo testamento, nos salmos de David, salmos 96 e 97 e no livro do profeta Daniel capítulo XII. No novo testamento, os evangelhos de Matias, 24, Marcos, 13 e Lucas 21 fazem referência ao Messias que a humanidade espera.

Alguns hadices (tradições) narram que o profeta Mohammad disse: “Ainda que não restasse do tempo mais que um dia de vida, Allah enviará um homem da gente da minha casa que encherá o mundo de justiça assim como antes estava repleto de iniquidades”.

Tanto shiitas como sunitas conhecem estes hadices. Estas narrações falam do que acontecerá e dos atributos que deve ter o Messias e coincidem com os atributos que tinha o filho do décimo primeiro imam, o Imam Hassan al Askari. Sua mãe foi Narjas, que era descendente de Simão Pedro, “a pedra”, discípulo de Jesus.

Segundo as narrações, o Imam Mohammad al Mahdi é o décimo segundo Imam descendente de Hussain, filho de Ali. Seu nome é Mohammad al Mahdi (a palavra Mahdi em árabe significa também o guia). Houve depois do profeta Mohammad 12 imans da linhagem do profeta, sábios para guiar a Uma (comunidade).

O Imam al Mahdi (que Allah apresse seu retorno) foi o 12º imam e o derradeiro. Nasceu na cidade de Samarra, no Iraque, no dia 15 do mês lunar de Chaaban, no ano 255 da higira ou 868 d.C..

Os Abássidas espionavam as mulheres do Imam al Askari com o objetivo de assassinar o Imam Mahdi que estava por nascer.

Narram as escrituras que sua mãe estava grávida mas não aparentava estar e a criança nasceu em segredo e viveu com seu pai nos cinco primeiros anos até que o pai morreu e então foi designado que apenas pessoas de absoluta confiança podiam ver a criança. Essa fase da vida do Imam al Mahdi foi a chamada “pequena ocultação”.

Após o falecimento do Imam al Askari em 260 da hijira, o Imam al Mahdi assumiu o imamato ou liderança e então ele ausentou-se, cortando relações com todos e somente transmitia suas informações através de assessores de confiança.

Quando morre seu último e quarto assessor Muhammad al Saman termina o sistema de assessoramento e começa o que chamamos de “a grande ocultação”, em que permanece oculto até o dia em que for designada a sua volta e Ele, segundo as tradições narradas, encontrará com Jesus, filho de Maria, e se unirão para livrar batalhas contra a tirania e guiarão a humanidade a um novo mundo, construído aqui mesmo na terra, onde haverá tanta justiça e liberdade como há agora tirania e opressão. Para nós, ele, o décimo segundo Imam, o Imam al Mahdi, está vivo com 1.160 anos por vontade de Allah e retornará para completar sua missão, contrariando até mesmo as leis da natureza que obrigam a pessoa a envelhecer.

As tradições falam dos sinais que irão marcar o reaparecimento do Imam Mhadi.

Quando a opressão, a tirania, a fraude e as falsidades preencherem os corações das pessoas no lugar da lembrança do divino. A falsa filantropia, o desinteresse pelos outros seres humanos, os filhos se enfrentando com os pais, gastar dinheiro com futilidades, usar linguagem chula, ser insolente e arrogante, menosprezar os pobres, não dar importância ao sagrado e destruir a natureza e então virão as maiores calamidades, catástrofes e a terra então se tornará improdutiva.

O anjo Gabriel dará um grito entre o céu e a terra, que o mundo todo irá ouvir chamando o nome do Messias. O que ocorrerá depois é a vinda do Imam al Mahdi que se unirá à vinda de Jesus e chamarão a todos os cristãos para segui-lo também.

Os historiadores e estudiosos do islam afirmam que Al Mahdi ressurgirá em Meca ao lado da Caaba, portando a espada do profeta Mohammad, suas vestimentas, turbante enquanto se levanta colérico com os anjos prontos a combater a seu lado. De Meca, seguirá para Medina e depois se encaminhará ao Iraque e Cufa, onde será a sede de seu governo.

Vingará os oprimidos e eles herdarão a terra e tudo que há nela e despertarão as potências humanas da sabedoria e do conhecimento e a humanidade viverá uma era de ouro, o auge da existência humana em todo seu esplendor, ligada a uma ciência humana voltada ao conhecimento.

O Iman al Sadek (o sexto Iman do Islam) disse: “O saber é composto de vinte e sete partículas, e tudo que os mensageiros trouxeram foram somente duas partículas, e até hoje as pessoas só conhecem estas duas partículas, porém, se o nosso Restaurador vier, trará as vinte e cinco partículas restantes e as difundirá entre as pessoas, unindo-as às duas partículas, totalizando as vinte e sete.

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