Olho na COP

Veterano das grandes conferências mundiais, o repórter Maurício Thuswohl acompanha os preparativos e bastidores e desafios da Conferência do Clima em Belém.

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Rede mundial de comunicadores pede que a publicidade rompa com os combustíveis fósseis

Manual lançado na COP30 combina recomendações práticas e soluções ancoradas na ciência para que a integridade climática atravesse todo o processo criativo

Rede mundial de comunicadores pede que a publicidade rompa com os combustíveis fósseis
Rede mundial de comunicadores pede que a publicidade rompa com os combustíveis fósseis
Nos EUA, cresce a pressão de populares e legisladores para que Biden bloqueie a compra de petróleo e gás russos. Foto: RINGO CHIU / AFP
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A publicidade, essa máquina silenciosa de moldar desejos, também precisa prestar contas no front climático. Partindo dessa premissa, a Creatives for Climate, maior rede mundial de comunicadores mobilizados pela ação ambiental, lançou na COP30 o Manual de Integridade Criativa, um guia inédito que pretende “ajudar agências e marcas a alinhar a própria influência com a ciência climática e a integridade”.

Trata-se de uma tentativa de puxar o setor para o século das decisões difíceis. O manual combina recomendações práticas e soluções ancoradas na ciência para que a integridade climática atravesse todo o processo criativo, da escolha do cliente à entrega final da campanha.

O documento nasce de uma colaboração com a Ethical Agency Alliance, coalizão que reúne agências de dez países, todas comprometidas a não trabalhar com empresas ligadas à exploração, produção ou venda de petróleo e gás. “Como uma empresa de relações públicas com laços com a indústria de combustíveis fósseis pode ser confiável para liderar as comunicações globais da COP30?”, pergunta Rodrigo Cunha, CEO da Profile, agência brasileira integrante da aliança.

Embora a transição de combustíveis fósseis possa levar tempo, diz Cunha, é hora de a indústria de comunicação demonstrar integridade criativa e mudar de rumo. “Precisamos investir energia na geração de ideias que construam o mundo novo”, reforça. “Continuar a promover combustíveis fósseis representa um claro conflito de interesses que ameaça o futuro da humanidade.”

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