Daniel Camargos é repórter há 20 anos e cobre conflitos no campo, especialmente na
Amazônia, para a Repórter Brasil. É fellow do programa Rainforest Investigations Network
do Pulitzer Center
A extrema-direita brasileira, principalmente a que está ligada ao agronegócio, acumulou derrotas nas duas principais CPIs instaladas neste primeiro ano do governo do presidente Lula (PT). A CPI do MST foi encerrada sem votação de seu relatório. Ou seja: não deu em nada a tentativa de criminalizar o movimento. Já a CPMI do 8 de Janeiro teve o relatório aprovado com pedido de indiciamento de 61 pessoas, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cinco ex-ministros na lista. Entre as 26 acusações, a mais recorrente é tentativa de golpe.
Dos 16 financiadores da intentona golpista de janeiro apontados pelo relatório da CPI do 8 de Janeiro, 13 são fazendeiros e ligados a entidades que representam os interesses do agronegócio, como mostrou o observatório De Olho nos Ruralistas. Os próceres do agro são conectados, majoritariamente, à Aprosoja, a entidade de classe que representa os grandes sojeiros.
Leia essa matéria gratuitamente
Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login