Blogs do Além

Nova York, Nova York

Em 1980, 170 mil pessoas foram me assistir no Maracanã. Se eu quisesse superar esse recorde de público brasileiro, faria um show na Times Square

Nova York, Nova York
Nova York, Nova York
Blog do Sinatra
Apoie Siga-nos no

Ao contrário da crença popular, New York, New York não tocou na festa de casamento de Adão e Eva. A canção é recente e não foi composta por mim, mas consagrou-se através de minhas cordas vocais. John Kander e Fred Ebba a escreveram em 1977 para ser o tema do personagem de Liza Minnelli no musical New York, New York, de Martin Scorsese. Eu a gravei só em 1979. De lá pra cá, a Big Apple mudou muito.

A cidade com seus teatros, espetáculos, museus, bares, restaurantes e galerias era o sonho de consumo de todos que ansiavam por respirar o mais cosmopolita dos ares. Hoje, de sonho de consumo Nova York tornou-se o consumo dos sonhos.

As atrações seguem todas lá, mas já não fascinam tanto os turistas. Os milhões de viajantes que chegam a Manhattan e arredores estão interessados apenas em percorrer as lojas. Entre os grupos que mais compram na Grande Maçã estão os brasileiros.

Em janeiro de 1980, 170 mil pessoas foram me assistir no Maracanã. Se eu quisesse superar esse recorde de público brasileiro, faria um show na Times Square ou na Macy’s durante as férias de julho. Conto tudo isso para obter a permissão de vocês para apresentar uma nova versão de New York, New York. Os ajustes foram pequenos. A letra ganhou alguns toques de português e assim se aproximou um pouco da mistura das línguas que mais se escutam hoje na Quinta Avenida. Sobe o som, maestro. Tan tan, tãriran…tan tan tãriran… tan tan tãriran…

Start spreading the news


I’m leaving today


Tô indo com duas malas praí


New York, New York

These vagabond shoes


Comprei da outra vez


Lá para os lados da Canal Street


New York, New York

I wanna wake up in an outlet


That doesn’t close


E que tenha um Burger King


Top de tão cheap

These little casaco blues


Vai me fazer derreter


Acho que vou levar também o split


In old New York

O que eu compro there


Não compro em anywhere


Por isso sempre levo two


New York, New York


New York, New York

I want to wake up


In an outlet that never close


And find de A a Z, toda minha list


King of the hill, a number one

O enxoval todo blues


Nem tenho bebê


Na volta vou ter de providenciar it


Fora de New York

And… if I gastar tudo there


Eu ligo pro cartão de crédito


It’s up to you


New York, New York

 

Leia mais textos no Blogs do Além.

Ao contrário da crença popular, New York, New York não tocou na festa de casamento de Adão e Eva. A canção é recente e não foi composta por mim, mas consagrou-se através de minhas cordas vocais. John Kander e Fred Ebba a escreveram em 1977 para ser o tema do personagem de Liza Minnelli no musical New York, New York, de Martin Scorsese. Eu a gravei só em 1979. De lá pra cá, a Big Apple mudou muito.

A cidade com seus teatros, espetáculos, museus, bares, restaurantes e galerias era o sonho de consumo de todos que ansiavam por respirar o mais cosmopolita dos ares. Hoje, de sonho de consumo Nova York tornou-se o consumo dos sonhos.

As atrações seguem todas lá, mas já não fascinam tanto os turistas. Os milhões de viajantes que chegam a Manhattan e arredores estão interessados apenas em percorrer as lojas. Entre os grupos que mais compram na Grande Maçã estão os brasileiros.

Em janeiro de 1980, 170 mil pessoas foram me assistir no Maracanã. Se eu quisesse superar esse recorde de público brasileiro, faria um show na Times Square ou na Macy’s durante as férias de julho. Conto tudo isso para obter a permissão de vocês para apresentar uma nova versão de New York, New York. Os ajustes foram pequenos. A letra ganhou alguns toques de português e assim se aproximou um pouco da mistura das línguas que mais se escutam hoje na Quinta Avenida. Sobe o som, maestro. Tan tan, tãriran…tan tan tãriran… tan tan tãriran…

Start spreading the news


I’m leaving today


Tô indo com duas malas praí


New York, New York

These vagabond shoes


Comprei da outra vez


Lá para os lados da Canal Street


New York, New York

I wanna wake up in an outlet


That doesn’t close


E que tenha um Burger King


Top de tão cheap

These little casaco blues


Vai me fazer derreter


Acho que vou levar também o split


In old New York

O que eu compro there


Não compro em anywhere


Por isso sempre levo two


New York, New York


New York, New York

I want to wake up


In an outlet that never close


And find de A a Z, toda minha list


King of the hill, a number one

O enxoval todo blues


Nem tenho bebê


Na volta vou ter de providenciar it


Fora de New York

And… if I gastar tudo there


Eu ligo pro cartão de crédito


It’s up to you


New York, New York

 

Leia mais textos no Blogs do Além.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo