Os olhos da maioria só enxergam um lado da história

Geralmente, é o lado contado pelos grandes conglomerados da comunicação

Uma guerra civil a caminho na Venezuela (Foto: AFP)

Apoie Siga-nos no

Infelizmente, a maioria das pessoas só olha um lado da história, que é aquela contada pelos grandes conglomerados da comunicação. Infeliz do ser que discordar dessa visão, decerto estará sujeito a toda sorte de escárnios.

Tomo esse exemplo para mostrar como anda o pensamento que muitos complacentes ao golpe de 2016 têm da questão da Venezuela. É sedutor aceitar o contexto geopolítico que essas empresas fornecem, não precisa pensar muito. Criam-se inimigos. Formam-se heróis.

No caso o inimigo eleito é o presidente eleito democraticamente Nicolás Maduro, e o herói é um corrupto, Juan Guidó, que tenta passar a imagem de salvador do apocalipse e apoiado pela direita europeia, por Trump e o por Bolsonaro, esse último merece um texto só para ele.

A questão não é tirar um ditador sanguinário, já que Bin Salman, da Arábia Saudita, e Rodrigo Duterte, das Filipinas, que se vangloria de ter matado usuários de drogas, estão em lua de mel com a direita europeia e de noivado com a dupla Trump, o suserano, e Bolsonaro, o seu vassalo, e prestando uma homenagem ao presidente do desgoverno do Brasil que gosta de comparar seu governo ao casamento.

Para dizer que não falei das flores, estamos vendo a Venezuela sendo devastada economicamente pela queda do petróleo que são mais que 80% de seu PIB, assim como a questão do porquê Hugo Chavez e Maduro não investiram em agronegócio e tecnologia. Isso teria salvado o país da crise.


É notório que os países desenvolvidos estão de olho na maior reserva de petróleo do mundo e a segunda maior de ouro do planeta. O pateta autoproclamado presidente é de uma insanidade e teria o equivalente a uma pessoa comum se autoproclamar presidente como fez ironicamente o artista José de Abreu.

Os países de direita e Trump não estão preocupados com o povo passando fome e com falta de produtos em hospitais; ditadores existem vários pelo mundo.

É bom deixar claro que o regulador de preços do barril de petróleo são os EUA e a Arábia Saudita, esses não querem acabar com a crise na Venezuela e sim perpetuá-la para colocar um Guidó (colônia), que se rebaixará a metrópole, já que essa é a tendência na América do Sul. O Brasil é um exemplo claro de como se entrega as riquezas naturais à metrópole.

Portanto, a Venezuela, pela autodeterminação dos povos, tem o direito dentro de sua soberania nacional, não cabendo aos países intervenção, a não ser que rasguem o direito internacional. Trump seria capaz disso.

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.