Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

Augusto Diniz | Música brasileira

Vídeos mostram a empatia de Emicida com o público na volta aos palcos

Artista colocou no YouTube breves filmes de bastidores do Lollapalooza e Circo Voador, expondo a sua reconexão no pós-pandemia

Foto: Reprodução Youtube
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Interessante observar o movimento de alguns artistas no retorno aos palcos, neste momento em que a pandemia arrefece e shows são liberados pelo País afora. Emicida é um deles.

Há alguns dias, o rapper publicou em seu canal no YouTube dois vídeos breves de bastidores de sua participação no festival Lollapalooza (um vídeo de 8 minutos e outro de 7), realizado no final de março, e um de seus shows no Circo Voador (11 minutos), que aconteceu no começo de abril.

A maneira como ele se conecta com as pessoas, nos bastidores e no palco, de pessoas comuns a pares artísticos, é sempre humanizadora, agregadora e empática, contrapondo com o momento belicoso que se vive hoje.

Tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro recebeu convidados no palco, reforçando seu papel integrador e conciliador que o rap lhe confiou. As escolhas de participação são sempre significativas, não necessariamente pela presença de nomes famosos, mas de uma geração ligada aos temas atuais e engajada à sua maneira, como é o caso de Drik Barbosa (aliás, rapper recomendada de seguir nas redes sociais), Bivolt e Rashid.

Acrescenta-se a participação nos shows do pastor Henrique Vieira com Principia, uma ode profunda e arrebatadora ao amor.

Nos vídeos, realizados pela sua produtora Lab Fantasma, se vê a recepção calorosa da direção da poderosa Sony Music no camarim do Circo Voador, onde recebeu vários prêmios pela execução de seu trabalho. A gravadora é distribuidora do artista.

Emicida aqui mostra a relação com entes da cadeia da indústria musical, que ele sabe depender para expandir sua audiência, inclusive no exterior.

Os shows são eufóricos e o do emblemático Circo Voador é quase catártico. Uma declaração de uma fã no fim do vídeo da apresentação resume o artista.

“Todo mundo que tem contato com Emicida consegue ver que ele é uma potência e que as músicas dele tocam no lugar muito profundo. Falam de um lugar muito particular para nós, pessoas negras. É como se a gente se sentisse abraçado, acolhido. Ele me faz pensar na força do coletivo. Me faz pensar também que é importante ouvir artistas como Emicida para lembrar que o racismo não é tudo sobre nós. A nossa vida é mais, a nossa vida importa. E a gente pode cantar sobre a vida, sobre a alegria e sobre a esperança”. 

É a volta poderosa de Emicida aos palcos presenciais.

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