Augusto Diniz | Música brasileira
Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.
Augusto Diniz | Música brasileira
Vídeo-documentário mostra a música no centro da cultura indígena
No pequeno universo do povo Waurá, do Alto Xingu, a grandeza dos rituais indígenas com cantos e danças
O ritual Kukuho é apresentado no documentário A Música do Povo Waurá (21 min) como parte da cultura e tradição do povo Waurá, do Alto Xingu. O filme esteve na 24ª edição da Mostra Nacional Sonora Brasil.
A filmagem, que ocorreu no meio do ano passado em uma aldeia no Parque Indígena do Xingu, registra cantos e danças dos povos originários em uma região – o Centro-Oeste – onde os cultos indígenas se sobressaem.
A narração é de documentarista Antônio Carlos Banavita, produtor executivo desse projeto e que há mais de 30 anos construiu um grandioso acervo dos povos indígenas no País.
Suas declarações ao longo do filme são didáticas e tiradas de sua vivência. A música é a principal ferramenta para a preservação da história e da cultura indígena, que é passada na oralidade com cantos e também danças.
O povo Waurá possui na manifestação musical o elemento de ligação com os espíritos, os seres humanos, os animais, a vida em equilíbrio com a natureza. O grupo indígena é conhecido pelo vasto repertório musical para diferentes rituais – o da mandioca, o ritual Kukuho, é apenas um deles.
O minidocumentário é uma forma de entender o papel da música dos povos originários, a força vocal e o ritmo marcado pelos pés, além do papel de sociabilidade – algo que pode parecer distante de nós, mas não é; temos sim um pouco disso correndo em nossas veias.
Assista ao documentário:
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



