É sempre bom buscar cenas musicais que têm preocupação em conceituar o trabalho. O reggae brasileiro é um dos que fazem isso, à sua maneira.
A banda Maneva acabou de lançar seu 13º álbum, que foi gravado ao vivo, com 10 faixas inéditas e autorais, pegando uma temática pós-pandemia, com necessidade de ver novas atitudes e sentimentos. O disco tem o título sugestivo de Mundo Novo.
“O trabalho traz nossa visão de mundo, do que a gente entende como coletividade, sociedade, merecimento; uma série de fatores que influencia nossa saúde mental”, diz Tales de Polli, voz e violão do grupo.
O músico ressalta que a proposta com o trabalho é passar ao público “que se a gente fizer a mesma coisa que a gente anda fazendo, teremos o mesmo resultado de sempre. Precisamos pensar diferente para ter o ideal do mundo novo”.
Maneva é uma banda com quase 20 anos de estrada, que atua dento de uma cena musical, com público fiel e grande. No retorno aos palcos, Tales destaca a reconexão com os fãs.
“Você vê o brilho no olhar das pessoas. Pulsa num sorriso, numa lágrima. A gente sente muito completo. Tanto tempo parado, parecia que faltava um pedaço da gente”, diz. “Quando a gente lança um trabalho é para celebrar essa identificação”.
Diego Andrade, percussionista do Maneva, diz que o “conceito do álbum é a evolução, depois de ter vivido momentos sombrios que afetaram bastante a área”.
Para Felipe Sousa, guitarrista do grupo, além da “sensação maravilhosa” do retorno, o estímulo do trabalho é mesmo de “um novo mundo melhor”. A banda se completa com Fernando Gato (baixo) e Fabinho Araújo (bateria).
No segundo semestre, o Maneva pretende dar continuidade ao projeto Tudo Vira Reggae, com regravações no ritmo do gênero da banda, com a gravação de um DVD.
O disco Mundo Novo, já disponível nas plataformas de música, é uma parceria entre a GTS, a Base 4, a MNV Produções e a Universal Music.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login