Os músicos Pitty e Nando Reis colocaram o pé na estrada para apresentar o projeto Pittynando, que conta com canções dele, dela e de ambos.
“A ideia, desde o começo, era criar um universo novo. Não queria que simplesmente eu cantasse minhas músicas, e ele as dele”, dizPitty. “Para isso, houve um processo de desconstrução das músicas para depois reconstruí-las”.
O repertório conta com arranjos feitos especialmente para o projeto. “O Nando é um cara que sempre admirei como compositor”, acrescenta a cantora. “Sempre foi muito fã da lírica, do universo dele tão particular, tão original”.
Pitty ouviu todas as músicas da discografia do ex-Titãs para chegar ao repertório ideal. “Tem as músicas (dele e dela) que todo mundo conhece com roupagens diferentes e até ortodoxas”. A cantora cita Temporal, do seu primeiro disco. Nando, segundo ela, mostra nessa música sua face ótima de intérprete. Ainda tem Relicário, All Star, Do Seu Lado (estas do Nando Reis), Máscara e Me Adora (da Pitty).
A turnê tem o nome As Suas, as Minhas e as Nossas e passa por diversas cidades brasileiras. A agenda de shows está no site do projeto.
Pitty tem um trabalho bastante diversificado e inquieto. Ela lançou no início deste ano o EP Casulo, com a participação da nova geração, com um documentário para cada música.
“Essa nova galera que está trazendo coisas diferentes, esse frescor, isso também me conquista e me cativa”, conta. “Essas existências (com pessoas) não precisam de permissão. Precisam de espaço e respeito. Me juntar com essa galera é muito natural. Elas dizem coisas que já venho dizendo, de diferentes formas e diferentes linguagens”.
No ano que vem a cantora e compositora completa 20 anos de seu primeiro álbum. “Por ora, vamos nos alimentar de música, de arte, de ideias, de pensamentos, de livro, e de cultura”, pontua. “Isso não é supérfluo, isso forma a gente”.
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