Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

Novos álbuns resgatam repertório de Cássia Eller em ritmo de reggae

Gilberto Gil, Nando Reis, entre outros cantam canções interpretadas pela artista, que completaria 60 anos em 2022

Foto: Divulgação

Apoie Siga-nos no

Cássia Eller morreu há mais de 20 anos, mas o jeito único de interpretar, intenso e vigoroso, associado a um repertório bem selecionado, original e adequado ao seu estilo, a fez permanecer na memória de muita gente até hoje.

Na esteira dessa lembrança, dois álbuns em ritmo de reggae do repertório da cantora, na voz de vários artistas, foram lançados. Um deles já está nas plataformas de música. Ressalta-se também que Cássia, que morreu precocemente aos 39 anos, faria 60 anos em dezembro.

O primeiro álbum Cássia Reggae (Universal Music) não chega a ser uma gravação raiz do gênero com o repertório dela. Trata-se de um registro sutil de reggae em sete canções – e talvez esteja aí o mérito do álbum produzido por Sergio Fouad e Fernando Nunes.

A canção O Segundo Sol (Nando Reis), na voz de Gilberto Gil, saiu com um videoclipe. Mas o álbum abre com a clássica Lanterna dos Afogados (Herbert Vianna).

Chico Chico, filho de Cássia Eller e que hoje segue a carreira de músico, canta com Jorge Du Peixe o baião Coroné Antônio Bento (João do Vale e Luiz Wanderley). É um dos pontos altos do disco. 

Amor Destrambelhado é interpretado pelos seus dois compositores, Lan Lanh – percussionista que teve ascensão na banda de Cássia – e Márcio Mello. Outra grande gravação. 


Toni Garrido, ligado ao reggae-pop, canta em Palavras ao Vento (Moraes Moreira e Marisa Monte, 1999). Já Margareth Menezes, com a participação do trombonista Maestro Tiquinho, registrou a enigmática Malandragem (Roberto Frejat e Cazuza).

O disco Cássia Reggae fecha com Zé Ricardo em boa interpretação de O Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você).  

O álbum rememora de forma bem sucedida Cássia Eller. Bom disco para se ouvir.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.