Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

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Mombojó grava álbum em homenagem à obra de Alceu Valença

O álbum, intitulado Carne de Caju, conta com oito faixas, incluindo clássicos como “Tomara”, “Como Dois Animais” e “Estação da Luz”

O Mombojó é considerado uma banda da segunda geração do Manguebeat, influenciada pelo movimento desde sua origem (Foto: Laura Proto/Divulgação)
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Com mais de 20 anos de estrada desde sua formação em 2001, o Mombojó acumulou seis álbuns de estúdio autorais. Recentemente, lançaram o sétimo trabalho, porém, ao invés de apresentarem composições próprias, optaram por gravar canções de Alceu Valença.

Segundo Felipe S, vocalista-fundador da banda, a ideia de homenagear o conterrâneo surgiu quando sentiram a pressão de lançar algo novo para atender à velocidade exigida pelo mercado. “Isso despertou em mim um plano de um projeto especial“, conta. “Algo que a gente conseguisse fazer com mais agilidade, que não envolvesse criação de músicas autorais. Inevitavelmente, veio a ideia de reviver a obra de um artista.

“A época que a maioria de nós nasceu, os anos 80, era o período que ele mais estava vendendo disco. É uma música que estava muito dentro de nós“, completa o músico.

Entretanto, Felipe admite que a influência de Alceu Valença não era tão óbvia na história da banda, mas ao pesquisar sua obra, perceberam que ela estava mais próxima do que imaginavam.

“Várias músicas que não são muito famosas bateram muito forte na gente, como Sino de Ouro, Romance da Bela Inês, Amor que Vai”, afirma. “A gente pensou também em quais músicas funcionaria melhor dentro do universo musical da Mombojó”. 

Nas oito faixas do álbum com o título de Carne de Caju, foram ainda gravadas as conhecidas Tomara, Como Dois Animais e Estação da Luz, além de Chuva de Cajus e Olinda. Felipe expressa também certa surpresa com a repercussão do disco: “Não achava que teria tanta gente falando bem“.

O Mombojó é considerada uma banda da segunda geração do manguebeat, influenciada pelo movimento desde sua origem.A formação atual da banda inclui Marcelo Machado (voz e guitarra), Chiquinho Moreira (teclados), Vicente Machado (bateria) e Missionário José (baixo).

“Não é por acaso que temos essa característica de mudar muito de ritmo e utilizar referências diversas. Aprendemos isso com o manguebeat”, diz Flavio S.

O ritmo de Chico Science, defende, continua vivo e manifestando-se de diferentes maneiras, especialmente na cena musical recifense. “Ele abriu portas para diversas manifestações que ocorrem hoje.”

Assista à entrevista do vocalista do Mombojó, para a CartaCapital:

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