Margareth Menezes começou a carreira profissional em 1987. Um ano depois, lançou seu primeiro disco, que teve enorme sucesso, antes mesmo da música da Bahia ganhar enorme projeção com o axé music.
A cantora e compositora intitula seu trabalho como afropop. “A influência que temos na cultura brasileira da nossa ancestralidade é contemporânea. É a maneira que me expresso. Tenho em mim esses elementos”, diz ao explicar a relação dos tambores com a guitarra e outros instrumentos atuais.
Uma história de Ifá (Elegibô) (Ythamar Tropicália e Rey Zulu) projetou Margareth Menezes no exterior. A música é cheia de referências afro-brasileiras. Nessa época, a cantora foi convidada para abrir os shows da turnê mundial de David Byrne, então líder do Talking Heads.
“Eu com o afropop não fui muito bem compreendida. Mas o trabalho continuou e foram importantes. Isso diferenciou, me deu personalidade artística”, diz.
Dando sequência ao seu trabalho carregado de referências, a artista lançou dias atrás o single Terra de Aféfé, música dela com Carlinhos Brown. A canção dá início a um novo projeto musical.
Margareth ressalta a importância da vacinação contra a Covid-19 acelerar, porque afeta muito a área musical. “Poderíamos estar mais adiantados”. Ela espera que em 2022 seja superada toda a situação vivida pelo País.
“Está sendo muito dolorido para nós artistas. Desmonte mesmo. Explícito o que está acontecendo com a nossa área. Isso é triste para um país que tem um potencial para a indústria da música, do entretenimento, da cultura”, afirma, lembrando que o setor emprega milhares de pessoas.
“Era uma área que já não era bem assistida e agora piorou. Vivemos num tempo de incompreensão do que significa esse legado”.
Assista a entrevista na íntegra:
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