Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

Erasmo foi roqueiro, mas deixa como maior legado a parceria universal com Roberto 

Ele, de fato, foi um pioneiro do gênero no Brasil. Mas será lembrado como artesão de uma música universal e extremamente sensível

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Dias atrás, quando Erasmo Carlos ganhou o Grammy Latino dias de ‘Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa’ com O Futuro Pertence à… Jovem Guarda, muita gente disse que ele era de fato ela o único roqueiro entre os concorrentes – e, portanto, merecedor da láurea. 

É forte a associação entre Erasmo Carlos ao rock. Foi ele, afinal – com a Jovem Guarda, nos anos 60 – o introdutor oficial do gênero no país. Um estrondoso sucesso.

Depois, vieram vários registros solo, influenciados por Elvis Presley. Mas também canções com Roberto Carlos, seu eterno parceiro – que até poderiam ser consideradas de rock, mas, pelo conjunto da obra, fogem a rótulos de gênero musical.

Erasmo Carlos e Roberto Carlos fizeram baladinhas roqueiras como Se Você Pensa, É Proibido Fumar e Quero que Vá Tudo pro Inferno.

Mas a dupla fez também Emoções, Além do Horizonte, Detalhes, Debaixo dos Caracóis de seus Cabelos, As Canções que Você Fez pra Mim, Como É Grande o meu Amor por Você e uma lista interminável de outras músicas, ouvidas nos salões do Copacabana Palace ao garimpo de Serra Pelada. 

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Trata-se de um conjunto de composições que mexeu e ainda mexe com os sentimentos e emoções mais primitivos das pessoas – nessa hora, importa pouco o elemento que define o gênero: a música cumpriu sua missão.

Erasmo Carlos cumpriu sua missão ao deixar assinadas com o parceiro Roberto Carlos mais de 500 composições, parte importante desse acervo nos corações dos brasileiros. Roqueiro ele foi, mas será lembrado como artesão de uma música universal e extremamente sensível.  

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