Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

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Em novo trabalho, Maria Rita põe os 2 pés no samba

Cantora se firma em definitivo no gênero, 15 anos depois do lançamento do primeiro disco dedicado ao ritmo

Em novo trabalho, Maria Rita põe os 2 pés no samba
Em novo trabalho, Maria Rita põe os 2 pés no samba
Foto: Divulgação
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O EP Desse Jeito (Som Livre), com seis faixas inéditas, lançado por Maria Rita, é um bom registro de samba. Dos 20 anos de carreira, 15 foram voltados ao gênero.

Caminhar pelo mundo do samba sem ter nascido nele não é simples. Para ingressar no meio – e circular com desenvoltura – requer entendimento da linguagem musical do gênero, ligações aos antepassados e deferência aos mestres-sambistas.

Maria Rita absorveu as peculiaridades da matriz musical brasileira e encontrou no samba a alegria de cantar, de atuar no palco, de se reconhecer e de transmitir algo relevante ao público. É louvável, pois seu caminho natural seria seguir a cartilha da indústria e pegar a trilha da MPB, como fez no seu início de carreira.

O novo trabalho evidencia o seu amadurecimento no samba, já aparece também como compositora, sem decepcionar. No EP, as referências afro-brasileiras nas composições revelam proximidade ainda maior da cantora com o gênero. Com o registro, Maria Rita coloca os dois pés no samba, tornando-se uma sambista comprometida de corpo e alma. 

 O registro fonográfico é composto pelas músicas E eu? (Fred Camacho, Fabrício Fontes e Cassiano Andrade), a faixa-título Desse Jeito (Fred Camacho e Luiz Antonio Simas), De Bem com a Vida (Xande de Pilares e Gilson Bernini), Por Vezes (Maria Rita, Magnu Souzá e Maurílio Oliveira) com participação de Thiaguinho, Correria (Nego Álvaro e Elvis Marlon) e Canção da Erê Dela (Maria Rita, Pretinho da Serrinha e Rachell Luz) com participação de Teresa Cristina.

Os músicos que gravaram com Maria Rita o EP – timaço de samba, aliás – são Leandro Pereira (violão), Fred Camacho (cavaco, banjo), Diogo Gomes (sopros), Wilson Prateado (baixo), Jorge Quininho e Adilson Didão (percussão). A produção do registro é da própria Maria Rita.

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