A Plebe Rude voltou à estrada para dar continuidade ao lançamento do álbum conceitual Evolução Vol. 1, depois da paralisação por causa da pandemia. O disco de 14 faixas é uma saga da evolução do homem.
“O trabalho conta a história da humanidade, desde quando o homem começou a andar, até a 3ª Guerra Mundial, que acabaria com tudo”, explica o cantor, compositor e guitarrista Clemente.
O projeto Evolução tem no total 28 músicas inéditas, sendo que 14 foram lançadas no 1º volume – o 2º já está gravado e deve sair neste ano. “A ideia é virar um musical.”
O disco, pelas músicas que se impõem em torno de uma consciência coletiva, seria barrado, de acordo com Clemente, se oficialmente existisse um Departamento de Censura no País.
Clemente viveu na pele a censura vigente no início dos anos 1980. O 1º disco da outra banda da qual ele faz parte (e, inclusive, fundou), a Inocentes, teve todas as 13 faixas vetadas pela Censura federal. Boa parte das canções foi composta por Clemente, com forte crítica social.
“Tomamos um susto. Era um disco independente”, lembra. “Tivemos ed mudar algumas letras, para salvar e transformar um LP em disco compacto.” Só em 1988 o disco saiu sem cortes.
A Plebe Rude, na mesma época, teve uma música censurada porque criticava justamente a censura – composição escrita pelo vocalista Philipe Seabra. Clemente já conhecia a Plebe Rude desde sua fundação (ele ingressou na banda em 2004), pois havia uma sinergia de som entre eles.
Plebe Rude e os Inocentes são da geração do rock surgida nos anos 1980, mas que não vivem do passado e estão sempre se atualizando.
Sobre o momento, Clemente é direto: “É um governo terrível. Pior do que a gente imaginava. Temos eleições e uma oportunidade de mudar isso”.
Clique?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> aqui para assistir à íntegra da entrevista.
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