Em seus primeiros nove meses, a nova gestão do Ibama focou na contratação de novos servidores e em atingir o bolso de quem devasta as florestas brasileiras, principalmente na Amazônia.
Há, entretanto, um problema persistente que mina esses esforços: a leveza da lei sobre os desmatadores. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, comentou essa e outras questões durante uma live exclusiva para os assinantes de CartaCapital.
Temos uma legislação ambiental robusta, mas as penas por crimes ambientais são ineficazes, explicou Agostinho, biólogo e ex-deputado federal. “Alguém pode devastar uma floresta inteira e acabar compensando com uma cesta básica.”
Até agora, o Ibama aplicou 11.260 multas, totalizando quase 4 bilhões de reais – sendo 2,3 bilhões só na Amazônia.
Ainda durante a live, Rodrigo Agostinho tratou do imbróglio envolvendo a liberação de extração de petróleo na Foz do Amazonas, liderada pela Petrobras. Diante do risco de eventuais acidentes e do impactos sobre três terras indígenas, o instituto cobra da petroleira estudos mais sólidos respeito da viabilidade do projeto. “O Ibama não faz política energética, não existe proibição de extração.”
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