Política
Paulicéia distraída
O problema de São Paulo está na cultura do conservadorismo, elevada, por si só, a fonte de identidade e orgulho regional e, ato contínuo, transformada em razão eleitoral absoluta
O problema de São Paulo está na cultura do conservadorismo, elevada, por si só, a fonte de identidade e orgulho regional e, ato contínuo, transformada em razão eleitoral absoluta. Dessa maneira, criou-se um ambiente quase fanático de anti-esquerdismo e, por extensão, anti-petismo, capaz de garantir a manutenção de governos de direita francamente antipopulares, estes identificados no imaginário do eleitor como única alternativa ao caos, à ofensa aos bons costumes e, principalmente, à invasão dos espaços físicos e imateriais que as elites paulistas reservaram para si em mais de 400 anos de história de dominação política e servilismo ao grande capital.
Quebrar esse paradigma e estabelecer novas bases de relação política-institucional dentro do estado e da capital é o desafio que ainda resta, neste início de século, tanto ao eleito paulista como à oposição progressista de São Paulo.
O problema de São Paulo está na cultura do conservadorismo, elevada, por si só, a fonte de identidade e orgulho regional e, ato contínuo, transformada em razão eleitoral absoluta. Dessa maneira, criou-se um ambiente quase fanático de anti-esquerdismo e, por extensão, anti-petismo, capaz de garantir a manutenção de governos de direita francamente antipopulares, estes identificados no imaginário do eleitor como única alternativa ao caos, à ofensa aos bons costumes e, principalmente, à invasão dos espaços físicos e imateriais que as elites paulistas reservaram para si em mais de 400 anos de história de dominação política e servilismo ao grande capital.
Quebrar esse paradigma e estabelecer novas bases de relação política-institucional dentro do estado e da capital é o desafio que ainda resta, neste início de século, tanto ao eleito paulista como à oposição progressista de São Paulo.
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