Mundo
Estados Unidos promovem protestos em Hong Kong, acusa China
A chanceler chinesa Hua Chunying cobrou explicações de Washington sobre envolvimento dos EUA com as manifestações


A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, afirmou, nesta terça-feira 30, que os recentes protestos em Hong Kong são provocados pelos Estados Unidos e cobrou explicações de Washington. A fala ocorreu em entrevista à imprensa, após o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarar apoio aos manifestantes e pedir que a China tenha racionalidade ao lidar com as mobilizações.
Segundo ela, os Estados Unidos têm executado papel “vergonhoso” durante os incidentes ao se reunirem com ativistas da oposição de Hong Kong e expressarem publicamente seu apoio aos protestos violentos. A chanceler também afirmou que foram notados muitos americanos e bandeiras dos Estados Unidos nas mobilizações.
“Estamos nos perguntando qual o papel dos Estados Unidos nos incidentes em Hong Kong. Acho que os EUA devem ao mundo uma explicação sobre isso”, afirmou Hua. “Os EUA devem entender claramente que Hong Kong pertence à China. Temos enfatizado que o governo chinês nunca permitirá que as forças estrangeiras intervenham nos assuntos de Hong Kong, ou tentem atrapalhar Hong Kong.”
A porta-voz também apoiou a punição de criminosos violentos nas manifestações e sugeriu que “os EUA parem de jogar o jogo perigoso”. Segundo ela, Pompeo deve reconhecer sua posição sobre os assuntos de Hong Kong e evitar comentários “irresponsáveis”, que negligenciam a violência ocorrida nos protestos.
Hong Kong entrou em uma crise política após manifestantes tomarem as ruas em confrontos com a polícia. O objetivo, inicialmente, era protestar contra um projeto de lei que teria permitido extradições para a China continental, mas os atos desencadearam em manifestações por supostas reformas “democráticas”. Grupos de manifestantes radicais chegaram a usar barras de ferro para romper portas de vidro do prédio do Conselho Legislativo, no início de julho.
* Com informações da emissora CGTN
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.